Política Titulo Possível migração
Sem estrutura, Elian e Pinchiari cogitam deixar Pros à reeleição

Vereadores de Santo André tentam apoio do Paço para formar coligação; pleito está sob risco

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/06/2015 | 07:07
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Sem estrutura partidária, os vereadores Elian Santana e Marcos Pinchiari, de Santo André, cogitam sair do Pros com vistas à disputa da reeleição no ano que vem. Desde a filiação de ambos em outubro de 2013, após migrarem do PTdoB à época, a legenda continua esvaziada e não lançará candidatura própria ao Paço, o que dificultaria renovação de mandato da dupla. Eles admitem a possibilidade de um ou outro sair do partido, caso não haja sinalização de coligação estável ao pleito. “Existe essa chance, mas isso não está 100% acertado. Nós estamos estudando essa hipótese por identificar problemas para eleger dois parlamentares (nas atuais circunstâncias)”, alegou Pinchiari.

Elian argumentou que a entrada no Pros se deu a partir de convite da cúpula do governo Carlos Grana (PT), depois de ingressarem na ala de sustentação. Em 2012, eles foram eleitos em coligação do PTdoB com o PPS. Segundo a vereadora, se não houver participação do Paço neste processo até o período de retorno do recesso parlamentar, fortalece o movimento pela desfiliação. A dupla aguarda reunião com integrantes da executiva estadual para definir o caminho no páreo de 2016. “Há possibilidade de saída. A legenda está, de fato, com falta de estruturação.”

Apesar da iniciativa, Elian e Pinchiari têm receio de enquadramento na Lei de Fidelidade Partidária. Na ocasião da troca anterior, havia margem em razão da mudança para partido recém-criado. Entretanto, há insegurança se houver alteração para outra sigla, colocando em risco o mandato – isso porque suplentes do PTdoB podem acionar a Justiça Eleitoral requerendo a cadeira legislativa. “Vamos analisar a legalidade do ponto de vista jurídico”, disse Pinchiari, ao complementar que esta situação evita concretizar qualquer definição neste momento. “Esperamos por condições, como coligação. Caso contrário, veremos alternativa”, adicionou.

A demora para a articulação sobre os aliados, segundo informações, seria devido à instabilidade da reforma política, que estava em votação em Brasília. Por outro lado, a apreciação de alguns pontos pouco mudou o atual sistema. “O governo fala que está trabalhando essa questão, discutindo esse impasse”, alegou Elian. Eles têm prazo limite até fim de setembro para modificação. “Tudo que vai além dessas coisas é mera precipitação”, afirmou Pinchiari, ao ser questionado sobre o futuro partidário.




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