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Rebeliao em presídio do MT continua; presos mantêm 9 reféns
Do Diário do Grande ABC
31/10/2000 | 17:59
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A rebeliao na penitenciária de segurança máxima de Mata Grande, em Rondonópolis (Mato Grosso), já ultrapassou 24 horas. Os presos estao amotinados desde o começo da tarde de segunda-feira e mantêm nove pessoas como reféns, todos funcionários da prisao, incluindo quatro mulheres. Nao há feridos. Os cerca de vinte membros do motim mantêm a ameaça de explodir celas, usando cinco botijoes de gás, caso nao tenham suas reivindicaçoes aceitas.

Segundo a juíza da Vara das Execuçoes Penais da comarca de Rondonópolis, Rita Soraia Tolentino de Barros, os presos querem ir para a cadeia pública do Carumbé, em Cuiabá, de onde foram transferidos recentemente por questao de segurança. A magistrada afirma que nao vai ceder às pressoes e alega que os detentos querem voltar a Carumbé por causa da facilidade em fugir do local.

Membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), representantes de uma entidade que defende os Direitos Humanos e um promotor entraram nas negociaçoes nesta terça-feira, mas nao tiveram sucesso.

Eles conseguiram ter acesso ao local do motim, mas conversaram apenas com as mulheres mantidas reféns. As armas usadas pelos rebelados, segundo relatos, sao artesanais: chuços e estoques. Os presos reclamam ainda de agressoes supostamente cometidas por policiais. A direçao do presídio nega a informaçao.

Em 1999, o mesmo presídio registrou a morte de 11 detentos, após uma briga interna entre facçoes rivais. Neste ano, esta já é a oitava rebeliao na penitenciária de Mata Grande, que abriga 180 detentos.




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