Os papéis começaram a ser negociados pelo valor estipulado pela companhia, de US$ 15,00. "Apesar de toda a volatilidade do mercado externo, conseguimos colocar os papéis pelo preço que pretendíamos, sem sofrer pressao para baixo", afirmou o diretor-superintendente da empresa, Raul Calfat, de Nova York.

Segundo ele, a demanda pelos ADRs totalizou US$ 300 milhoes. Mas, demanda extra foi pelo preço de US$ 15,00 e nao por um valor superior.

Calfat participou nesta sexta-feira da cerimônia de abertura da Nyse, tocando o sino do pregao americano. Também estavam presentes o diretor-financeiro da VCP, Valdir Roque, e o diretor-presidente da Merrill Lynch no Brasil, Bernardo Parnes, que coordenou a operaçao.

Foram colocadas 4 bilhoes de açoes da VCP no mercado norte-americano. Desse total, 2,2 bilhoes pertenciam ao BNDES, 1 062 bilhao à controladora da companhia e o restante estava em tesouraria. Dos US$ 150 milhoes captados, US$ 35 milhoes ficarao com a VCP, que usará os recursos como capital de giro.

Segundo Calfat, a intençao da colocaçao era o aumento da liquidez dos papéis e incremento da base acionária. "Conseguimos investidores institucionais, de qualidade", afirmou.

Agora, a VCP vai se posicionar para os futuros investimentos, disse o diretor-financeiro da companhia, Valdir Roque. Nos planos está inclusive a aquisiçao de empresas. "Há estudos sobre isso, mais por enquanto nada está fechado."

Atualmente, o principal projeto é a expansao da capacidade da fábrica de Jacareí, em 400 mil toneladas de celulose. Hoje, a capacidade de produçao de celulose da VCP está em 800 mil toneladas.

Segundo Roque, a dívida líquida da VCP, atualmente em US$ 239 milhoes, estará zerada em maio deste ano. "Nossa geraçao de caixa no primeiro trimestre foi muito forte", revelou, sem adiantar números.