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PLR injeta R$ 270 milhões na economia da região
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
20/05/2010 | 07:00
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As primeiras parcelas das PLRs (Participação nos Lucros e Resultados) dos cerca de 140 mil metalúrgicos da região vão movimentar cerca de R$ 270 milhões no Grande ABC até a metade do ano.

Segundo o presidente da CNM-CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores), Carlos Alberto Grana, só em São Bernardo, Diadema, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires serão R$ 200 milhões. Ele desconsiderou a segunda parcela dos pagamentos, cuja maioria das empresas pagará no fim do ano e deve somar outros R$ 200 milhões se as metas de produção forem cumpridas.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Martinha, projetou que, considerando os cerca de 24 mil metalúrgicos dos municípios, o montante das primeiras parcelas das PLRs supere R$ 20 milhões. "Este foi o valor do ano passado e esperamos que aumente um pouco", completou. Já o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes Rodrigues, prevê média de R$ 1.500 para 5.000 funcionários de empresas menores e aos cerca de 10 mil trabalhadores da GM (General Motors) parcela superior a R$ 4.000. Portanto, os metalúrgicos do município acumulariam algo em torno de R$ 50 milhões do benefício.

Grana apresentou as projeções, ontem, durante divulgação do estudo Indústria Metalúrgica - Uma Década de Mudanças, produzido pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Para ele, a fase de melhora da economia brasileira, que impacta nos projetos de investimento e ampliação de produção das empresas, são portas abertas para resultado relevante da categoria. "Já em maio, vamos recuperar o maior pico de empregos no setor metalúrgicos dos últimos 20 anos", disse.

Ele também prevê resultados positivos para a classe na região. Segundo o sindicalista, "recuperaremos as 23 mil demissões que ocorreram desde 2008 até agosto". E afirma que isso acontecerá devido aos investimentos das empresas previstos para este ano.

O maior nível de metalúrgicos empregados no Brasil ocorreu em outubro de 2008, com 2,162 milhões postos. Após este período, a crise abalou as empresas, que demitiram até que o volume chegasse a 2,022 milhões no fim de 2009. Neste ano, o número chegou a 2,150 milhões. "E se continuar subindo, como o visto neste ano, teremos maior nível em maio", completou Grana.




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