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Livina não dá
chances ao Fit
Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
20/04/2011 | 07:20
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Se fosse futebol, seria uma daquelas vitórias inquestionáveis. Goleada com direito a gritos de "olé!" vindos das arquibancadas nos minutos finais da partida. Assim pode ser definido o triunfo do Nissan Livina Night & Day (R$ 48.590) frente ao Honda Fit DX (R$ 51.805) no derby dos monovolumes.

Com toque de bola envolvente, o monovolume fabricado em São José dos Pinhais (PR) abre o placar logo nos primeiros minutos de bola rolando, impondo significativa diferença de preço de R$ 3.215.

E, mesmo custando menos, o Livina oferece mais equipamentos de série que o arquirrival da Honda. Os dois entregam de série air bag duplo frontal, ar-condicionado, direção elétrica e três anos de garantia. No entanto, o Nissan vai além do Fit, oferecendo bancos revestidos de couro, rodas de liga leve de 15 polegadas e rádio CD player com MP3.

Com vantagem de 2 a 0, o Livina não recua e se mantém no ataque em busca do terceiro gol. E ainda nos primeiros 45 minutos vai às redes novamente. Maior 18 cm em comprimento, 10 cm em distância entre os eixos e 4 cm em largura, o Livina acomoda melhor motorista e passageiros. Sem falar no porta-malas, superior em 65 litros.

O Fit, porém, mostra que não está morto quando analisamos o acabamento. Com peças plásticas de qualidade e encaixes perfeitos, o Honda revela que, apesar de ser a versão de entrada, tem requinte superior a muitos outros concorrentes. O design interno do modelo fabricado em Sumaré (SP) também é atual, fugindo do trivial.

No Nissan, o acabamento também é bom. Muito sóbrio, com partes plásticas devidamente acopladas. No entanto, seu visual é mais basicão - apesar de o painel de instrumentos adotar configuração parecida com a do Honda, com três círculos (conta-giros, velocímetro e indicador do nível de combustível).

Na etapa complementar, o Fit ensaia reação e diminui a vantagem do Livina. Com ajuste de altura do banco do motorista e profundidade (além da altura) da coluna de direção, o Honda tem melhor ergonomia. No Nissan, a única regulagem disponível é de altura do volante. Ponto negativo também para a falta de ajuste do cinto de segurança - equipamento disponível no rival.

Em termos de visual, o Fit volta a levar vantagem sobre o Livina. Com linhas mais arrojadas e modernas, o Honda se sobressai diante da caretice dos traços retos e pouco atraentes do Nissan. Ao lado do Livina, o Fit realmente se destaca.

Nos aproximamos do final deste clássico entre monovolumes. E apesar do placar marcar 3 a 2, o Nissan se utiliza do contra-ataque para sacramentar a vitória.

Com motor 1.6 16V Flex, o Livina é mais interessante de se acelerar. Com torque maior entregue em rotações mais baixas, ele é mais ágil no perímetro urbano. A transmissão tem engates precisos e fáceis. Já a suspensão firme evita maciez exagerada e, consequentemente, a inclinação excessiva da cabine nas frenagens e curvas.

O Fit é bom de asfalto. Menor, ele parece ficar mais à mão. Mas falta fôlego para o motor 1.4 16V bicombustível. O câmbio é bem ajustado e a suspensão também. Mas, na hora de queimar combustível, o Nissan é superior.

VEREDICTO - Com melhor custo-benefício, espaço e desempenho, o Nissan Livina vence o derby dos monovolumes jogando futebol objetivo. O Honda Fit, apesar de ser mais bonito por dentro e por fora, precisa rever estratégias para ser mais competitivo.

 




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