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Caso Eloá trouxe notoriedade ao CHM
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
13/01/2009 | 07:00
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Edimílson Magalhães/DGABC


O atendimento feito à estudante Nayara Rodrigues da Silva, 15 anos, trouxe notoriedade ao departamento de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial do CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André. A jovem foi baleada na boca ao fim do maior caso de cárcere privado do País no Jardim Santo André.

Nayara perdeu o dente canino depois de levar um tiro de Lindemberg Alves e foi encaminhada ao CHM, onde foi operada. "Nossa responsabilidade aumentou. Temos de mostrar nossas habilidades, visando o bem-estar e a pronta recuperação dos pacientes vítimas de traumas graves", afirmou Geraldo Prestes de Camargo, um dos coordenadores do curso de especialização de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial da APCD de Santo André.

Antes mesmo do caso Eloá, o departamento já era considerado referência no Grande ABC. Fraturas na face, como mandíbula, malar, nariz e órbita são os casos mais atendidos pelos dentistas.

A maioria dos pacientes que passam pelo hospital - em média são 40 por dia - é vítima de agressão. O restante é de pessoas que sofreram acidentes automobilísticos.

"Atendemos 24 horas. Muitos hospitais da região nos procuram para que possamos, ao menos, fazer uma avaliação. Se tivermos vaga disponível no momento, fazemos os procedimentos necessários na hora", explicou o coordenador do departamento de Odontologia e Cirurgia Buco-maxilo-facial do CHM, Ricardo Wagner Modes.

O departamento existe há 30 anos no CHM, mas foi reformulado em 2002 graças a uma parceria firmada com a APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas) de Santo André, que oferece um curso de dois anos de especialização na área de buco-maxilo-facial.

Os interessados fazem as aulas teóricas na sede da associação e as práticas no hospital. "A equipe é formada por seis residentes do primeiro ano, seis do segundo e sete professores, além dos coordenadores do curso", disse o coordenador Ricardo Wagner.

Além das cirurgias - em média são realizadas 25 por mês -, o departamento mantém sete dentistas para atendimento de odonto-urgência. "Sempre temos um profissional de plantão. Toda emergência é atendida", explicou Ricardo Wagner.




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