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Grana contraria expectativas de Donisete Braga
Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
09/01/2011 | 07:51
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Novidade na bancada do Grande ABC na Assembleia, o deputado estadual eleito Carlos Grana (PT-Santo André) mantém os pés no chão. Ao contrário da expectativa externada por Donisete Braga (PT-Mauá) de que a oposição ao governo tucano poderá ter forças, inclusive, para instaurar CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), ele minimiza a possibilidade de o partido conseguir investigar a fundo as ações do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Para a próxima legislatura, que começará em 15 de março, o PT ganhará mais quatro cadeiras, passando de 20 para 24 deputados. Porém, para criar CPIs são necessárias, no mínimo, 32 assinaturas.

"As chances aumentaram, mas não temos a garantia de 32. De imediato, podemos contar só com o PT", atenta, sem se empolgar com a possível adesão de dissidentes à oposição, especialmente do PMDB e do PSB. "Sou cauteloso em dizer que viramos o jogo na Assembleia. Não foi isso o que aconteceu."

Durante a diplomação dos eleitos neste ano, dia 17, Donisete deixou em aberto também a chance de o PT assumir a presidência da Casa. Apesar de tornar-se a maior bancada, o partido tem o apoio de apenas mais duas legendas que compõem a oposição: PCdoB (com dois deputados), e Psol (um), em meio a 94 cadeiras.

"As chances de assumirmos a presidência é nula", contrariou Grana. "Mas podemos manter a 1ª secretaria (hoje com Carlinhos Almeida). Com certeza teremos espaço na mesa diretora", garante.

Durante o mandato, promete empunhar, prioritariamente, duas bandeiras: Educação e trabalho. "O governo tucano pecou nestas áreas, ao longo dos últimos 16 anos, de forma brutal. Com o Brasil crescendo deste jeito, há a necessidade de investimentos em ensino técnico e profissionalizante... qualificação de mão de obra", atenta. "Isso puxa a geração de emprego e renda."

 

VISTAS A 2012

Quando o assunto é a sua possível candidatura a prefeito de Santo André em 2012, Grana desconversa. Questionado sobre a corrente que o aponta como forte nome a ser lançado pelo PT (junto de Vanderlei Siraque, Ivete Garcia e Miriam Belchior), é irônico. "Existe isso, é? (risos)", para depois admitir. "Me considero neste bloco dos quatro."

Ele adianta que o PT terá candidatura "competitiva", mas que há arestas a serem aparadas. "Temos algumas tarefas no curso para 2012. A primeira delas, que tem sido muito bem conduzida pelo (Luiz) Turco (presidente municipal do PT), é a volta da unidade. A segunda é oferecer novo projeto para Santo André."

Ele pontua, entretanto, que estará focado em seu mandato na Assembleia. "Mas em política não se pode descartar nada", considera, deixando a candidatura a prefeito em aberto.

Ser a novidade entre os quatro nomes cogitados para encabeçar a chapa petista em 2012 para Grana tem "prós e contras". "Por isso temos de observar o que o eleitor quer para 2012. O PT e seus aliados terão de ter sensibilidade e percepção para definir o que será melhor em termos eleitorais."




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