Santo André virou vitrine para algumas administrações do PT por causa da Secretaria de Relações Internacionais e Captação de Recursos comandada por Jeroen Klink – criada no ano passado pelo prefeito Celso Daniel, assassinado em janeiro deste ano. A iniciativa já começou a mostrar resultados positivos como, por exemplo, a liberação do governo federal de R$ 2,8 milhões para aplicar em projetos sociais. Há a perspectiva, também, de financiamentos de organismos internacionais.

Diadema foi a primeira a copiar a iniciativa ao criar recentemente um departamento na Prefeitura para tratar destes assuntos (leia reportagem nesta página).

O assistente de diretor de Relações Internacionais de Santo André, Alberto Kleiman, disse que ter uma equipe para cuidar da captação de verbas é importante para o desenvolvimento da cidade, bem como para a divulgação mundial de seus projetos implementados. “Santo André segue uma tendência mundial: a internacionalização do debate das políticas públicas a partir da globalização. Além disso, com o enfraquecimento do Estado, os municípios passaram a ter atribuições que até então não tinham”, disse.

Kleiman afirmou que várias cidades no Brasil têm procurado a Prefeitura para saber como foi montada a estrutura da secretaria.

A secretária-adjunta de Relações Internacionais e Captação de Recursos, Margarida Maria Martimiano Ramos, disse que o governo federal liberou até o momento R$ 2,8 milhões, sendo que deste total somente R$ 400 mil ainda não estão na conta da Prefeitura porque a autorização aconteceu na última semana. “O dinheiro deve chegar nos próximos dias”, afirmou.

Segundo a secretária-adjunta, os R$ 2,4 milhões que estão em poder do município serão aplicados em projetos de segurança nas regiões de Cata Preta, Jardim Irene e Vila João Ramalho, situadas no bolsão de violência. “Os projetos serão voltados à prevenção da violência”, disse.

Licitação – Entre as medidas está a construção de um CIC (Centro Integrado de Cidadania) na avenida Adriático. O processo licitatório já está em andamento. O centro está orçado em R$ 1,2 milhão. Dentro dele terá ainda Conselho Tutelar e o Balcão de Direitos, um órgão que servirá para apoiar e atender serviços jurídicos de conciliação e mediação, pequenos conflitos, assistência jurídica, obtenção de documentos como RG e CIC, atendimento a grupos de risco e disque-denúncia.

O programa ainda inclui a aquisição de equipamentos e material didático para o Centro de Atenção ao Desenvolvimento Educacional e também a manutenção e criação de núcleos de promoção de atividades esportivas, cujo objetivo é o reforço escolar, reforço alimentar, prática de esportes, arte e noções de educação para a saúde.