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Dólar tem nova queda com captação do Unibanco
Do Diário OnLine
12/03/2003 | 21:05
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Seguindo o otimismo do dia anterior, o dólar comercial ampliou a tendência de queda na tarde desta quarta-feira, impulsionado pela notícia de que o Unibanco conseguiu uma captação de US$ 125 milhões no mercado externo. A moeda americana registrou baixa de 0,63%, cotada a R$ 3,463 na compra e R$ 3,468 na venda, e continua no menor patamar desde 20 de janeiro.

Pela manhã, o valor da moeda chegou a apresentar uma queda forte por alguns minutos, após serem divulgados rumores de que o dissidente saudita Osama Bin Laden, responsabilizado pelos atentados terroristas de 11 de setembro, teria sido preso na Síria. A notícia, no entanto, foi rapidamente desmentida pela CIA (agência de inteligência americana) e a moeda voltou a operar de forma estável.

A falta de novidades sobre um eventual conflito militar entre Estados Unidos e Iraque faz com que o valor da moeda apresente volatilidade, já que o volume de negócios é bastante reduzido.

Os EUA continuam articulando apoio para a aprovação da nova resolução que determina o dia 17 como prazo para que o Iraque apresente provas de que se desarmou. No entanto, França e Rússia continuam firmes em sua posição e já deixaram claro que vão vetar o novo documento no Conselho de Segurança da ONU.

Enquanto o impasse continua, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu manter a cota de produção atual caso haja um conflito militar no Iraque. Com isso, o órgão se compromete a cobrir uma possível paralisação da produção em caso de guerra.

No cenário interno, os investidores estão na expectativa da divulgação de novas taxas de inflação, com a proximidade da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decide o rumo da taxa básica de juros, atualmente em 26,5% ao ano. Além disso, continua refletindo bem a notícia de que o BC conseguiu rolar toda uma dívida de US$ 1,9 bilhão que vence nesta quinta-feira.

Já o principal título brasileiro negociado no exterior teve o melhor desempenho desde abril do ano passado. O C-Bond subiu 2,04%, cotado a 78% do valor de face. O principal indicador de confiança do investidor externo no país apresentou queda. A taxa de risco-país, medida pelo banco de investimentos americano JP Morgan, caiu 2,64%, aos 1.106 pontos.

Bovespa — Após um atraso de mais de duas horas na abertura do pregão, a Bolsa de Valores de São Paulo inverteu a tendência de queda e fechou alta de 2,29% nesta quarta-feira. Como de costume, a Bovespa seguiu os mercados norte-americanos, com o índice aos 10.576 pontos e um volume de negócios de R$ 415 milhões.




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