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Oficiais que prenderam chefe da máfia siciliana são absolvidos
Da AFP
20/02/2006 | 19:31
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O chefe dos Sisde (serviços secretos italianos), Mario Mori, e o coronel do corpo de carabineiros, Sergio De Caprio, dois oficiais que participaram da prisão em 1993 do chefe da máfia siciliana Toto Riina, foram absolvidos nesta segunda-feira pela justiça italiana do crime de colaborar com a Cosa Nostra, a poderosa organização criminosa.

Com essa sentença, o Tribunal de Palermo (na Sicília) encerra o controverso processo aberto contra os dois oficiais, acusados de terem atrasado intencionalmente o registro da mansão de Riina, líder da Cosa Nostra.

A residência de Riina foi requisitada apenas 18 dias depois da detenção do chefe da máfia, ocorrida no dia 15 de janeiro de 1993 em Palermo, capital da Sicília.

Em 1994, a justiça italiana descobriu que vários membros da máfia aproveitaram esses dias para retirar móveis e objetos de valor da residência do célebre "capo", assim como para destruir documentos importantes da luta contra o crime.

Segundo os advogados defensores de De Caprio e Mori, a decisão de adiar o embargo da residência de Riina foi tomada para enganar os mafiosos, que ainda não estavam inteirados da prisão do chefe da organização.

O processo contra os dois oficiais suscitou fortes protestos na Itália, já que eram considerados como heróis da luta contra o crime organizado.

A prisão de Riina, que cumpre pena de prisão perpétua por ter sido o mentor do assassinato em 1992 dos juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, é considerada uma das maiores vitórias na luta contra a máfia siciliana.




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