Cachoeira foi ouvido nesta segunda-feira pelos deputados da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro). Os parlamentares foram à Assembléia Legislativa de Goiás ouvir o bicheiro, que se negou a ir ao Rio alegando ter medo de ser morto.
No depoimento, ele manteve a versão que apresentou desde o início do escândalo, dizendo que gravou o encontro com o ex-assessor em 2002 para "se proteger" de uma tentativa de extorsão. À época, Waldomiro Diniz era presidente da Loterj, autarquia responsável pela fiscalização dos bingos fluminenses.
Depondo como testemunha colaboradora, Cachoeira ressaltou que não deu dinheiro para Waldomiro e não tinha a intenção de "participar de uma conspiração" contra o governo Lula. Ele afirmou que não sabe como a gravação foi parar nas mãos do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que a repassou para a imprensa.
Adiamento - Por causa do depoimento de Cachoeira, o advogado de Waldomiro, Luis Guilherme Vieira, informou que seu cliente não vai terça-feira à Assembléia do Rio de Janeiro. Antes de falar aos integrantes da CPI, ele quer estudar as afirmações feitas pelo bicheiro nesta segunda.
O depoimento de Waldomiro foi remarcado para o dia 13 de abril. O presidente da CPI, deputado Alessandro Calazans (PV), disse que aceitou o adiamento porque o ex-presidente da Loterj dá mostras de que quer contribuir com a investigação.
Os deputados fluminenses não descartaram tomar outro depoimento de Cachoeira após ouvirem Waldomiro.
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