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Internet das coisas, o que é?
Por Wilson Marini
Da APJ
15/06/2015 | 07:00
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Se você acha que a internet é um sistema de comunicação moderno, assim como o e-mail é uma forma rápida e eficiente, está correto, mas prepare-se para ler e ouvir mais de ora em diante a expressão “internet das coisas”. A novidade deve agregar US$ 352 bilhões à economia brasileira até 2022, segundo revela o site especializado IDG Now. Internet das coisas é o termo usado para definir a revolução tecnológica que permitirá conectar a internet a tudo o que está ao nosso redor, absolutamente tudo, desde os objetos que carregamos, a roupa e sapatos que vestimos e os lugares por onde passamos. É como se tudo (ou quase tudo...) estivesse interagindo conosco graças à internet. Isso nada tem a ver com wi-fi, a sintonia de sinal de internet sem fios, que é outra coisa, já “antiga” se for considerada a velocidade das transformações da tecnologia.

No sapato
Um exemplo de internet das coisas: você escolhe um par de sapatos chique para sair e recebe uma advertência: “Talvez eu não seja a melhor escolha para você agora, deve chover mais tarde, não prefere meu companheiro ao lado?”. Isso porque um sensor no sapato se conecta à previsão do tempo que estará disponível em qualquer ambiente. Para muitos, a possibilidade poderá ser vista com enfado, mas isso é discussão para filósofos e poetas. Pode parecer supérfluo, ou ficção científica à la Isaac Azimov para o novo milênio, mas é a pura realidade no mundo empresarial e motiva pesquisas de sistemas interligados e inteligentes no Brasil e vários países do mundo.

Carteira perdida
Um professor da USP envolvido nesses estudos avançados deu o seguinte exemplo. Você perdeu a carteira. A peça vai descobrir que você a perdeu e vai lhe mandar uma mensagem dizendo onde está (depois de consultar ela própria o Google Maps, provavelmente). Descendo um pouco à vida real, segundo o site G1, uma escova inteligente produzida pela Oral-B mede a pressão exercida em cada dente, emite alerta se há algum problema na boca. As informações saem da escova e são enviadas para outro aparelhinho via bluetooth e com isso você pode monitorar a quantidade de escovações, por exemplo.

Vagas para o carro
Em Águas de São Pedro – quem diria, a conservadora estância –, está sendo testado pela Vivo um sistema que avisa pelo celular do motorista que busca uma vaga onde é mais fácil estacionar. Equipamentos embutidos no chão da rua funcionam como sensores que captam a informação se há carro ali estacionado ou não. A partir daí, é só conectar os dados aos interessados. Simples assim, mas será algo corriqueiro em breve, dizem os analistas de tendências.

Internet industrial
Nessa linha, a Folha de S.Paulo de quinta-feira divulgou que as máquinas inteligentes já são uma realidade, como os elevadores ao encontrar a forma mais eficiente de distribuir os usuários e economizar energia. “A partir de centenas de microssensores que transmitem informações em tempo real para servidores capazes de processar trilhões de dados e gerar inúmeros comandos, as máquinas inteligentes ajudam a cortar custos e a tornar os processos mais eficientes”, diz a reportagem. O jornal qualifica esse campo como internet industrial, uma rede de grandes máquinas conectadas produzindo e analisando dados. Estudo da consultoria Accenture mostra que a internet industrial poderá acrescentar de US$ 10,6 trilhões a US$ 14,2 trilhões ao PIB global em 2030.

Startups femininas
O site de tecnologia Canal Tech informa que a Intel anunciou programa de investimentos de US$ 125 milhões para apoiar startups comandadas por mulheres e outras minorias.

Otimismo na crise
Na condição de vice-governador do Estado e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcio França (PSB) publicou artigo na semana passada para dar uma injeção de otimismo nos paulistas preocupados com a queda da atividade econômica, perspectiva de recessão e desemprego e expectativas negativas para os próximos anos. “Tenho convivido com uma agenda que revela, no mínimo, uma outra verdade. São dezenas de investidores que procuram o governo do Estado para mostrar seus projetos. Todos querem abrir indústrias, negócios e desenvolver parcerias no Estado de São Paulo”, diz ele.




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