O segmento dos sedãs médios é um dos que mais crescem no País e, conseqüentemente, um dos mais competitivos. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o modelo que mantém a liderança com boa vantagem diante do segundo colocado é o Honda Civic, com 54.370 unidades comercializadas, o equivalente a 33,24% do segmento.

No final de setembro, a Fiat colocou no mercado mais um concorrente, o Linea. Neste comparativo, colocamos lado a lado o campeão de vendas na versão LXS automática, com preço sugerido de R$ 70.520, mas que, na prática, por conta de uma promoção, custa em média R$ 63 mil nas revendas, e o novato Linea 1.9 Dualogic, com preço de tabela de R$ 63.900.

Considerando o preço praticado e não o de tabela, o Civic demonstra ser a melhor compra por oferecer o melhor desempenho, acabamento interno mais caprichado e espaço mais generoso para os ocupantes.

Os oito cavalos de potência que o Honda tem a mais, assim como os 53 kg que tem a menos fazem diferença na hora de acelerar o modelo, cuja transmissão automática de cinco velocidades é bem mais suave e eficiente que a automatizada do concorrente.

O desempenho do Linea não chega a decepcionar, já que o modelo oferece boa dirigibilidade e estabilidade, mas o condutor precisa se acostumar com o câmbio automatizado, cujas mudanças de marcha são sentidas a cada troca.

Portanto, se o objetivo é agradar ao condutor, ponto para o Civic. O modelo produzido em Sumaré também oferece mais espaço para os passageiros. Sua distância entre eixos 10 centímetros maior garante mais espaço para as pernas de quem senta no banco traseiro, e o passageiro do meio tem a comodidade de contar com o assoalho plano.

Para quem presta atenção ao acabamento, as peças de plástico têm encaixes mais bem feitos no Civic do que no Linea.