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Incêndio mata 36 estudantes estrangeiros em Moscou
Do Diário OnLine
Com AFP
24/11/2003 | 16:04
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Trinta e seis estudantes estrangeiros morreram em um incêndio que consumiu um dormitório da Universidade Patrice Lumumba de Moscou, na Rússia. As chamas teriam sido provocadas por um curto circuito, segundo as primeiras informações. Ao todo, 135 ficaram feridos, dez deles em estado grave, com queimaduras de segundo grau.

Entre os mortos estão estudantes da China, Bangladesh, Vietnã e alguns países africanos. O incêndio, que começou no segundo piso, devastou parte do prédio de cinco andares do dormitório, localizado em um subúrbio da capital russa.

O brasileiro Fernando Ivan Ostrowski está entre os sobreviventes do incêndio. Ele recebeu uma bolsa e está estudando Direito Internacional em Moscou há cerca de 20 dias. Para se salvar, ele pulou do quinto andar e teve o braço esquerdo e duas vértebras quebrados. Além dele, outros seis brasileiros estudam na mesma universidade.

Muitos dos alunos dormiam no momento do incidente. Assustados com as chamas, eles também pularam para sobreviver ao incêndio.

Outros estudantes que também sobreviveram ao incêndio disseram que o Corpo de Bombeiros demorou muito a chegar para atender a ocorrência. "Os primeiros carros de bombeiros chegaram depois de 20 minutos e os caminhões mais poderosos só uma hora e meia mais tarde", disse o estudante peruano Rosales, que morava no segundo andar do prédio incendiado.

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou uma investigação detalhada sobre as causas da tragédia, enquanto o vice-ministro do interior disse que os investigadores não encontraram "sinais (de incêndio) criminosos nem indícios de explosivos", e estimou que a causa mais provável é um equipamento elétrico defeituoso.

A hipótese de uma responsabilidade direta por parte de alguns estudantes foi lançada pelo ministro da educação, Vladimir Filippov, que anunciou a detenção de uma estudante africana. "O fogo começou no quarto 203, no segundo andar, onde se alojam três estudantes africanas. No momento do incêndio, elas não estavam lá. Os investigadores tentam esclarecer agora por que fugiram ou se provocaram elas mesmas o fogo voluntariamente", declarou.

Os bombeiros de Moscou, os quais vários estudantes acusaram de terem chegado meia hora depois do incêndio, criticaram o fato de que os estudantes "tentaram abafar o incêndio por seus próprios meios" e demoraram 40 minutos para dar o alerta.




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