O ônibus adaptado, que conta com 13 computadores e oferece programas básicos de informática e internet, abre as portas para o público na próxima segunda-feira, dia 28. Por mês, tem capacidade para atender cerca de duas mil pessoas.

Nos dois primeiros meses de funcionamento, ele permanecerá estacionado no bairro Cata Preta, na Emeief Hideki Koyama, às segundas, quartas e sextas-feiras, das 9h às 17h. Às terças e quintas-feiras, o ônibus segue para a Emeief Cora Coralina, no Jardim Santo André.

Os locais foram escolhidos por serem os de maior concentração de moradores e por apresentar índices baixíssimos de acesso à informática. Enquanto na região do Centro mais de 50% da população tem computador em casa, na parte Sul da cidade esse índice não ultrapassa os 2%, de acordo com levantamento feito pela Prefeitura. “Queremos propiciar o primeiro contato dessa população carente com a linguagem dos computadores. Eles poderão ser usados para enviar e-mails e elaborar currículos, com a orientação de um monitor de atividades, se necessário”, explicou Maurício Mindrisz, secretário de Orçamento e Planejamento Participivo, pasta responsável pelo programa de inclusão digital da Prefeitura.

Do Cata Preta e Jardim Santo André, o ônibus parte para Paranapiacaba e Parque Miami, ainda sem data definida. Segundo o secretário, um laboratório permanente de informática deverá ser instalado no Cata Preta, assim que o Cesa (Centro Educacional de Santo André) da região for inaugurada, em agosto. “A inauguração do Cesa vai coincidir com a partida do ônibus, e a população não deve ficar desprovida”, disse. A região do Cata Preta tem mais de 5 mil moradores, e a do Jardim Santo André, cerca de 60 mil. No entanto, para este último, não está prevista a instalação de uma unidade fixa de informática.

O Ônibus de Inclusão Digital é o quarto centro de acesso a computadores da cidade. Os outros três, também abertos à população, localizam-se na região central de Santo André.

N@ escola – As escolas e creches do município também estão incluídas no programa de inclusão digital. Das 44 Emeiefs, 38 possuem laboratório de informática, que são utilizados pelos alunos durante o horário de aula, como recurso pedagógico. Desses, 28 são abertos à comunidade no período da noite.

O N@ escola ficou quase seis meses parado, porque a rede de segurança das escolas passaram por modificações. Quando as máquinas voltaram a ser disponibilizadas, há cerca de um mês, ainda não contavam com acesso à internet.

Os computadores de 14 laboratórios vão contar com acesso à rede mundial a partir do dia 2 de julho, de acordo com Cleuza Repulho, secretária de Educação e Formação Profissional. “Tivemos uma série de problemas para instalar a rede de internet rápida, e ela já foi concluída em todas as 38 Emeiefs. No início do mês, 14 já estarão funcionando. E as outras, até o fim de julho”, afirmou.