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Nova forma de cálculo da aposentadoria entra no projeto
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
27/08/2009 | 07:00
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A reunião entre o governo federal e as centrais sindicais representantes dos aposentados e pensionistas, realizada na noite de anteontem, rendeu bons frutos para os 8 milhões que recebem acima de um salário mínimo.

Uma das reivindicações que segue para a Câmara dos Deputados é a correção das aposentadorias em 50% da variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, ou seja, metade do índice de crescimento da economia, mais a inflação. A proposta inicial era de 60% do PIB, ainda inferior ao concedido ao salário mínimo, que além da inflação, é corrigido em 100%.

O PIB de 2008 atingiu elevação de 5,19%, portanto, a metade equivale a 2,55%. A isso soma-se a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador ao qual esses salários são indexados hoje, que em janeiro do ano que vem se prevê que seja de 3,64%. O resultado é um aumento de 6,19%.

"O reajuste das aposentadorias para 2010 era a única proposta do governo. Conseguimos esticá-lo até 2011, quando se inicia um novo governo. Assim, teremos uma contrapartida para manter o benefício e reivindicar outros. é um grande avanço", explica Oswaldo Lourenço, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados.

Outro ponto do projeto é a introdução da fórmula 85/95, que altera o fator previdenciário, que atualmente considera a perspectiva de vida, ou seja, 70 anos, na concessão da aposentadoria integral. "Quase ninguém consegue se aposentar com 100%. Embora nosso pedido tivesse sido 80/90, conseguimos 85/95, o que deverá ampliar o número de pessoas que recebem o benefício integral", pontua Lourenço, referindo-se ao fato de mulheres contribuírem por 30 anos e se aposentarem com 55 e homens, 35 e 60.

Além disso, quem receber seguro-desemprego por até cinco meses continua tendo sua contribuição ao INSS efetuada pelo governo. Também não poderão ser demitidos trabalhadores que estejam a um ano de se aposentar, a menos que o patrão pague os 12 meses faltantes.




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