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Nova Câmara de S.Caetano mantém só a estrutura
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
14/08/2009 | 07:41
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Tiago Silva/DGABC


"Mantivemos apenas a estrutura do prédio." A frase do secretário de Obras de São Caetano, Júlio Marcucci Sobrinho, resume a transformação que ocorreu no prédio da Avenida Goiás, 600, que abrigou por muitos anos os gabinetes dos vereadores e por pouco mais de três anos passa por reforma, sob responsabilidade da Prefeitura.

Os poucos traços mantidos e as muitas mudanças poderão ser observados a partir domingo, às 9h30, quando o edifício será reinaugurado, com show da cantora Gal Costa. Ontem, dezenas de funcionários davam os últimos retoques no acabamento e limpavam o que já estava pronto.

São escassas as formas arquitetônicas da construção entregue à população em 1961 que ainda podem ser visualizadas. Uma antítese ao argumento utilizado pelo Executivo, à época do início da revitalização, para não demolir o prédio, com vistas a conservar a abrangência histórica do local.

Na parte externa, as vidraças são escondidas por brises. A Praça dos Estudantes perdeu o estacionamento - que agora está no subsolo - e ganhou conotação cívica, com predominância de concreto e paisagismo discreto.

Ainda do lado de fora podem ser observadas duas novas estruturas de escadas e elevadores, além do plenário para realização das sessões parlamentares - é a primeira vez que a cidade tem um lugar específico para os debates entre vereadores.

Internamente, as lembranças do antigo prédio se resumem às escadarias em caracol e às colunas arredondadas. No restante, tudo mudou. Os corredores que eram em curva passaram a ser retos. O primeiro andar ganhou grandes varandas frontais e traseiras. A iluminação, aliada ao sistema de ar condicionado, evidencia a modernização.

No térreo ficarão recepção, salão nobre, biblioteca, elevadores, banheiros e áreas comuns; 1°, 2° e 3° andares serão destinados à Câmara (gabinetes e salas das assessorias técnicas e legislativa); os 4º e 5º pavimentos terão unidades administrativas da Prefeitura, como a sala do gabinete do vice-prefeito Walter Figueira Júnior (PTB), secretarias e outros departamentos.

Se as alterações que o prédio da Câmara sofreu são perceptíveis, o mesmo não pode se dizer dos números que envolvem a revitalização. A começar pelo valor despendido para a obra. Em maio de 2006, quando começou a reforma, a perspectiva era de R$ 6 milhões nos gastos. Um ano depois, o montante subiu para R$ 8 milhões. Hoje, 39 meses depois, com a conclusão dos trabalhos estima-se que mais de R$ 20 milhões foram consumidos. A Prefeitura, porém, ainda não apresentou números oficiais.

Para chegar a toda essa reforma e modernização, foram oito datas adiadas de inauguração. E, não por isso, o edifício pode ter uma segunda entrega oficial. Os vereadores pretendem fazer da primeira sessão na Casa nova, dia 27, às 19h (normalmente é às 16h), uma plenária especial.




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