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PMDB pode adiar anúncio de Temer para vice de Dilma
18/05/2010 | 07:44
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O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), reúne a executiva nacional do partido hoje em Brasília para tentar sacramentar a escolha de seu nome para compor a chapa presidencial com a petista Dilma Rousseff. Mas o anúncio oficial para vice pode ser adiado. O motivo da dúvida dos peemedebistas é o adiamento do encontro do PT mineiro em que o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel deve renunciar à candidatura ao governo estadual para apoiar o senador Hélio Costa (PMDB).

Preocupado com o vaivém do PT, Temer procurou Hélio Costa ontem para reafirmar que a aliança nacional entre os dois partidos está condicionada à solução dos problemas estaduais. Ele insiste na tese de que, se não houver acordo em Minas, no Pará, na Bahia, no Maranhão e no Ceará, não há como fechar a parceria.

"Eu não vou abandonar os companheiros. A lealdade que me dedicaram, dedicarei a vocês", disse Temer a líderes peemedebistas destes cinco Estados que o apoiaram para compor a chapa com o PT. O encontro estadual do PT estava previsto para este mês e foi

empurrado para 19 e 20 de junho, depois das convenções nacionais em que os dois partidos irão sacramentar os nomes da candidata a presidente e seu vice.

Apesar das indefinições, setores da direção nacional do PMDB argumentam que Temer pode ser confirmado pré-candidato pelo partido porque o nome do vice já está escolhido e ninguém no PMDB discorda. A dúvida, diz um dirigente, é se vai ou não haver aliança. "O vice, todos sabemos quem será" , completa este parlamentar.

É nesta linha que o deputado Geddel Vieira Lima (BA) - peemedebista que enfrentará o PT do governador da Bahia, Jaques Wagner, na briga pela reeleição -

defenderá o anúncio "já" do nome de Temer na reunião da Executiva. "Se o PT jogou a definição para o fim de junho, paciência. A vida é como é. Vamos tocar", propõe.

Geddel adianta que defenderá que "não dá mais para ficar vinculando prazo e alimentando fofoca". Lembra que o assunto está sendo conduzido por um presidente da República, uma candidata a presidente, um vice e líderes experientes das duas legendas.

"Compromisso é compromisso, ou as consequências podem virar processo eleitoral, o que é muito grave", adverte, destacando que sua afirmativa é uma "mera constatação que não inclui ameaça alguma."




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