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Empresas aéreas intensificam estratégias
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/08/2010 | 07:11
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Thales Stadler/DGABC


As companhias aéreas estão intensificando a estratégia de popularização do segmento. Além da TAM, que está iniciando a venda de passagens em estandes dentro de lojas da Casas Bahia na cidade de São Paulo e planeja expandir o número de franquias TAM Viagens - tem uma filial no Grande ABC e deve inaugurar mais duas, até o fim do ano, na região -, outras empresas estão prestes a trilhar caminhos semelhantes.

O diretor comercial da Azul, Paulo Nascimento, afirma que a companhia está finalizando acordos de parceria com três grupos varejistas e, na semana que vem, já deve anunciar contrato com uma dessas redes, para ter pontos de venda em suas filiais. Isso significará a presença em mais de uma dezena de estabelecimentos.

A GOL, por sua vez, que inaugurou em dezembro sua primeira loja física Voe Fácil em São Paulo (no largo 13 de Maio, no bairro de Santo Amaro), informa que tem intenção de abrir mais unidades ainda neste ano, embora por enquanto prefira não revelar detalhes de seus planos.

CLASSES
A aposta das empresas em expandir sua base de atendimento se deve a pesquisas que indicam o potencial de consumo das classes C e D. Levantamento do instituto Data Popular aponta a presença crescente dos brasileiros da baixa renda nas atividades de turismo de lazer.

No ano que vem, esses gastos somarão R$ 23 bilhões, com 48% do montante gerado pelos emergentes. Na comparação com 2003, quando as classes C e D responderam por 38% das despesas no segmento, a participação cresceu 26%.

Para Nascimento, mais do que estar em locais onde as classes de baixo poder aquisitivo têm hábitos de consumo, é importante facilitar o pagamento. "Aceitamos em dinheiro, em boleto, no débito em conta e no cartão. No financiamento pelo Banco do Brasil, parcelamos em até 60 vezes, e pelo Bradesco, em 48 vezes", afirma. Outra vantagem: no cartão de crédito, a cada mês, só a parcela da compra (e não o valor total) ocupa o limite.

A Azul atende clientes hoje via site, call center, lojas em centros de compras (no Eldorado, em São Paulo), nos aeroportos e, indiretamente, via agentes de viagens. "Em breve vamos estar em mais alguns shoppings", diz o diretor.

Ele ressalta que, por enquanto, esses planos de expansão não incluem o Grande ABC, mas cita que a empresa vê a região como um grande mercado, com alto PIB (Produto Interno Bruto) per capita. Para o dirigente, o desafio é a distância do aeroporto de Viracopos, em Campinas. "Mas temos interesse nesse público", endossa.




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