Se os três últimos anos foram prósperos para o Água Santa em termos financeiros devido à forte presença de sua torcida no Estádio Inamar, 2016 deve ser o melhor até aqui para o clube que disputará pela primeira vez na sua história a elite do futebol de São Paulo. Isso porque, na Primeira Divisão, entra verba que até agora não era tão significante: a receita de televisão. Com isso, o Diário apurou que o Netuno deve receber cerca de R$ 3 milhões da FPF (Federação Paulista de Futebol), o que possibilitará contratações mais vultosas no próximo ano.

No Paulistão de 2015, a divisão do bolo das receitas de televisão dava prioridade aos quatro grandes, que formavam o primeiro escalão e recebiam mais verbas, enquanto equipes medianas, como Portuguesa, Ponte Preta e Ituano, campeão em 2014, tinham aportes intermediários, deixando os clubes menores, como São Bernardo e onde se encaixará o Água Santa, com menos receita. O Diário apurou que o valor desta temporada foi cerca de R$ 2,5 milhões, o que, com os reajustes de praxe, deve chegar a R$ 3 milhões em 2016.

Somado a esse montante, o clube terá receitas do Estádio Inamar, que passa por reformas e deve comportar 10 mil pessoas no ano que vem – quase o dobro da atual capacidade, de 6.250. Em nove jogos como mandante – só cinco duelos foram realizados em Diadema, pois o local ficou interditado no início da competição –, o clube arrecadou R$ 455.670.14, R$ 122 mil a mais que o Guarani, segundo no quesito.

Em 2016, a tendência é triplicar a receita com bilheteria, pois, além da capacidade maior do Inamar – que deve ser liberado desde o início do torneio –, o ingresso na Série A-1 é mais caro – preço mínimo de R$ 40, contra R$ 20 na Série A-2.

Dessa forma, torcedores e diretoria poderão sonhar com time que brigará por vaga na Série D da próxima temporada.