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Abraço ao Grande ABC
Do Diário do Grande ABC
01/06/2015 | 11:03
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Acabo de ser nomeado pelo papa Francisco como quinto bispo diocesano de Santo André. Agradecendo a oportunidade, quero neste espaço saudar, sem distinção, todos os habitantes desta Diocese que compreende os municípios de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Meu abraço fraterno ao Grande ABC. Em especial a dom Nelson, a quem substituirei, aos padres, religiosos, religiosas e todos os cristãos leigos, povo de Deus, a nossa Igreja.

Diante da enorme tarefa que se descortina sinto-me pequeno, mas fortalecido com a graça de Deus. Penso em são Paulo, o qual, enviado para a cidade de Corinto e estando apreensivo, sentiu Deus dizer-lhe: ‘Não tenhas medo, nesta cidade há um povo numeroso que me pertence’ (At 18,9). É bastante conhecida a trajetória da Diocese de Santo André, com sua atuação marcante na prática evangelizadora, na perspectiva da doutrina social da Igreja. Precisamos continuar, e que Deus nos ajude. Estamos em tempo de pós-modernidade, mas não estamos, infelizmente, em tempo de pós-pobreza.

A Igreja, na sua ação pastoral, deve partir da Palavra de Deus. A fé em Jesus Cristo e no Evangelho é raiz e fonte de toda ação da Igreja, a qual deve ser ‘casa da Palavra’ e ‘escola onde se eduquem homens capazes de fazer história’ (Documento de Puebla número 274). Existe hoje, mais do que nunca, fome de liberdade e de justiça. Mas Jesus nos recorda que nem só de pão vive o homem. Ele vive também de outro alimento, o ‘pão’ da Palavra de Deus. Assim, a missão da Igreja é, em primeiro lugar, evangelizar! Sua contribuição para a sociedade, alerta o papa Francisco, não é ser uma ONG a mais, mas ser comunicadora da mensagem de Jesus: o Reino de Deus que ultrapassa a história.

As ideologias modernas, como o socialismo ateu, por exemplo, acertaram na análise histórica mostrando a desigualdade, a injustiça irracional, promovida pelo capital, mas erraram na antropologia. O homem não se contenta somente com bem-estar material, porque ele não é só matéria. É sobretudo espírito. E este espírito clama pelo infinito, clama por Deus e tem que ser alimentado.

Eis a tarefa da Igreja: levar Deus à humanidade. Deus, que para nós, cristãos, se manifestou em Jesus Cristo, presente na Palavra, na eucaristia e na comunidade que vive de fé, esperança e amor. Jesus, o Filho de Deus, não veio à Terra para viver aventura passageira e se retirar. Ressuscitado, ele está no meio de nós! Na força do Espírito Santo ele nos envia em missão. Que possamos caminhar juntos, dialogando, na busca de realizar o ideal de mundo fraterno, sem violência. O mundo que Deus projetou para nós. Meu abraço de irmão e amigo. Coragem!

Dom Pedro Carlos Cipollini é bispo eleito de Santo André.

Palavra do leitor

Mário Covas 

Como já frequentei filas para conseguir medicamentos sei exatamente as dificuldades das pessoas na entrega de medicamentos no Hospital Mário Covas, em Santo André. Temos dois lados da questão: um é a iniciativa do Estado em fornecer gratuitamente remédios considerados caros, o que é positivo para a população; o outro, é que, devido ao atendimento ser feito em um só local para toda população, virou gargalo que prejudica o sistema e a povo necessitado. No meu caso, desisti de ir pegar o remédio, pois em um mês tinha e no outro, não. E ninguém sabe informar quando chega. Pede-se telefone para contato e também não tem. Sugiro que que todos os medicamentos, inclusive os de alto custo, sejam entregues nos postos de Saúde, aonde o munícipe tem cadastro e o sistema é informatizado. Quanto à parte social, os idosos com doença grave, com dificuldades de locomoção, problema de vista, fraqueza para andar etc, deveriam receber tanto atendimento médico quanto medicamentos por correio. Lembrem-se, responsáveis, que nosso povo é pobre e merece mais atenção, ao menos em hora da doença, assim como pode acontecer com vocês também.

Ivanir de Lima

São Bernardo

Aprendizado

Os dirigentes dos sindicatos dos professores dos ensinos particular e público estão convencidos de serem detentores não do dever de ensinar, mas do direito de doutrinar! E creem que essa vocação política, superior a todas as demais, ‘essencial à Educação’, encontra na sala de aula o espaço natural para seu exercício. Se lhes for suprimida essa tarefa ‘missionária’ e lhes demandarem apenas o ensino da matéria que lhes é atribuída, esses professores entrarão em pane, talvez porque seja isso o que não sabem fazer. Espero que sirva de alerta aos pais e à direção das escolas. Os pais pagam de alguma forma para que seus filhos recebam os conteúdos pedagógicos do estabelecimento de ensino escolhido. Entregar junto com isso, ao preço de coisa boa, mercadoria ideológica estragada, vencida, não solicitada e sem valor comercial é fraude. Fiquem bem atentos.

Luizinho Fernandes

São Bernardo

Resposta 

Em relação à carta do leitor João Paulo de Oliveira (Alckmin, dia 29), com críticas dirigidas ao setor de compras desta instituição, inclusive com a utilização de adjetivação injuriosa, o Hospital Estadual Mário Covas esclarece que não é de responsabilidade do seu setor de compras a aquisição de medicamentos distribuídos pela farmácia de componentes especializados ou estabelecer à coordenação logística. O hospital faz somente a dispensação, ou seja, a entrega da medicação. O núcleo de assistência farmacêutica da Secretaria de Saúde do Estado administra a compra e o abastecimento de todas unidades do Estado, destacando-se ainda que eventual falta de medicamento é informada ao núcleo, que, via de regra, conta com pronta ação de reposição, ao não ser que o produto se encontre em falta no mercado. É necessário, também, esclarecer que, embora não seja de sua responsabilidade estabelecer a política da assistência farmacêutica, a superintendência do Mário Covas encaminhou projeto à Secretaria de Saúde para descentralização da distribuição de medicamentos no Grande ABC, como forma de contribuir na busca de alternativas para equacionar a distribuição, como bem observou o governador. 

Hospital Estadual Mário Covas

Só para eles 

É impressionante como os políticos nada fazem a favor da população. Da mesma forma também é como fazem o contrário do que pedimos e precisamos. Saímos às ruas, brigamos, reivindicamos, sabem das nossas necessidades básicas, mas estão sempre votando contra, se manifestando contrários, agindo da forma oposta. É melhor então brigarmos pelo que não queremos nem precisamos, assim conseguimos, já que o que fazem é exatamente o contrário do que necessitamos.

Elaide Pereira

Santo André

Pregação 

Como ouvinte assíduo de rádio AM, estava semana passada tentando sintonizar a Estadão, antiga Eldorado, quando, para minha surpresa, quem ouço? RR Soares. É isso mesmo! Agora, no lugar da Rádio Estadão está lá mais uma igreja. Quero saber quando o Ministério das Comunicações vai acabar com essa farra,que ao pé da lei é inconstitucional. Está virando a casa da mãe Joana. Daqui a pouco não vai dar para assistir nem ouvir mais nada que não seja pregação. E não estou só me referindo aos evangélicos. Tem padre falando pelos cotovelos também. O Estado é laico,quem dá as concessões é o Estado, portanto é só olhar o que diz a lei.

Nelson Mendes

São Bernardo

Mordaça 

Fiquei estupefato e exasperado ao saber, por meio deste prestigioso Diário, que atuante cidadão diademense, o comerciante Filipe dos Anjos, foi expulso da Associação Comercial e Empresarial de Diadema, porque, segundo a diretoria, teve a ousadia mor de criticar publicamente a inoperância da ACE (Economia, dia 30). Não conheço pessoalmente o destemido Filipe, mas acompanho suas missivas e reportagens publicadas neste Diário, com questionamentos feitos aos poderes Executivo e Legislativo diademense, sempre com o escopo de exigir serviços públicos de qualidade. Repudio – com veemência – a mordaça imposta de maneira inaceitável a um filiado crítico e atuante, que apenas deseja que a entidade cumpra sua função precípua, Saudações exasperadas. Até breve...

João Paulo de Oliveira

Diadema




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