Cada vez mais a crise econômica financeira é vista pelo retrovisor pelo setor produtivo do País. A melhora da economia vem se comprovando por números, desta vez as montadoras da região seguem a tendência de retomada e diminuem o período de férias coletivas.

Tradicionalmente essas empresas concedem entre duas e três semanas de folga aos funcionários no fim do ano, mas a prorrogação do desconto do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) e o aumento na demanda por veículos provocaram encurtamento no período.

Dos cerca de 9.000 trabalhadores da Mercedes-Benz, produtora de caminhões e ônibus de São Bernardo, apenas 1/3 terá férias coletivas - que têm espaços de tempo variáveis de acordo com o setor, com no mínimo dez dias de parada. Os demais funcionários não vão parar a produção.

A Scania, que também fabrica caminhões e ônibus na unidade de São Bernardo, com 2.500 trabalhadores, vai conceder férias menores - entre 28 de dezembro e 12 de janeiro de 2010, totalizando 14 dias. A produção anual da montadora sueca é de 20 mil veículos e 5.000 motores.

A GM (General Motors), em São Caetano, suspendeu as férias coletivas das unidades de São José dos Campos e Gravataí (RS). Na fábrica da região haverá parada técnica. Segundo a montadora, os trabalhadores só vão parar - entre os dias 28 de dezembro e 13 de janeiro - porque haverá implementação de maquinário para a produção do segundo modelo da família Viva, veículo com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2010.

Na Ford, em São Bernardo, não haverá férias coletivas no fim do ano para as operações de manufatura de carros da unidade da região e nos complexos industriais de Camaçari (BA) e Taubaté.

O Campo de Provas de Tatuí, a fábrica de caminhões de São Bernardo e as áreas administrativas de Camaçari e da região terão recesso coletivo entre 21 e 31 de dezembro.

A Volkswagen, em São Bernardo, ainda não definiu quantos serão os dias de férias coletivas e afirmou que a empresa acompanha o mercado automobilístico para definir seu calendário.