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Argentina quer definir Política Automotriz Comum
Do Diário do Grande ABC
16/11/1999 | 16:58
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Representantes do setor de autopeças exigiram nesta terça-feira do governo que suspenda as negociaçoes com o Brasil destinadas a definir uma Política Automotiva Comum (PAC), e que o novo presidente argentino dê prosseguimento a isto, a partir da posse, dia 10 de dezembro.

A PAC deveria entrar em vigor dia 1 de janeiro do próximo ano. "Devido ao avançado da época e ao inconveniente para os interesses da indústria de autopeças na Argentina", a Associaçao de Fabricantes Argentinos de Componentes (AFAC) pediu nesta terça-feira, em comunicado que "sejam suspensas as negociaçoes e que sejam revistas pelo governo eleito" da Aliança UCR-FREPASO (centro-esquerda).

O presidente da AFAC, Horacio Larre Oroño, disse à imprensa que "o atual governo nao tem mais o que negociar, devendo deixar que as próximas autoridades o façam".

Ele afirmou, além disso, que "o adiamento na definiçao da política automotiva paralisa os investimentos por culpa da indecisao oficial dos funcionários que nao souberam negociar com o Brasil".

Os fabricantes de autopeças exigem que "o atual governo firme um decreto de necessidade e urgência estabelecendo um regime transitório antes que o novo governo assine o regime definitivo com o Brasil", lembrou Larre Oroño.

Para os fabricantes, este decreto deveria estabelecer:
- índice local de produçao na Argentina de 50% das peças utilizadas na fabricaçao de um veículo.
- administraçao do comércio intra-Mercosul para as faixas de veículos e autopeças de forma separada.
- equilíbrio entre fabricaçao local e mercado interno de veículos, a fim de manter os ritmos de fabricaçao em harmonia mínima com a demanda interna.
- fixaçao de tarifa externa comum para as peças destinadas ao mercado de reposiçao de 17, 19 e 21%.
- manutençao do sistema de intercâmbio compensado de autopeças extra-regional.

A Associaçao de Industriais Metalúrgicos da República Argentina (ADIMRA) exigiu do governo que conceda às pequenas e médias empresas metalúrgicas o mesmo tratamento dado ao setor automotivo.

A ADIMRA também se manifestou contra a tarifa de 2 a 8% que o governo estaria negociando aplicar para a importaçao de autopeças.

A Associaçao considera que um percentual tao baixo prejudica o "fabricante".




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