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Para Ipea, PIB terá trajetória suave
19/10/2010 | 07:26
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Os resultados do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre vão mostrar ainda "trajetória mais suave" de crescimento, com aceleração no quarto trimestre, segundo acredita o coordenador do Grupo de Conjuntura do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Roberto Messenberg. Ele defende o aumento dos compulsórios e dos gastos públicos como forma de reduzir os juros e elevar a taxa de investimento no País.

Segundo o economista, "embora alguns fatores que vinham contribuindo para estimular a economia não estejam mais presentes, a demanda interna continua refletindo a melhora dos níveis de confiança dos agentes econômicos, sustentada pelo tripé emprego, renda e credito". Messenberg disse que o Ipea ainda mantém a expectativa de crescimento do PIB entre 5,5% e 6,5% em 2010.

Na entrevista ontem na sede do Ipea no Rio, ele criticou o que chama de "escoteiros mirins" que "usam um manual" para defender a redução dos gastos públicos como forma de reduzir os juros no Brasil. "Essa é uma variação que não é levada em consideração na definição da taxa Selic", afirmou.

Ele discorda também dos que defendem a necessidade de desacelerar o crescimento da economia para evitar riscos de alta na inflação. "A atividade está desacelerando e é preciso pisar no acelerador, mas não de qualquer jeito. O investimento público tem que crescer na economia de forma significativa, especialmente em infraestrutura, educação e saúde, isso alavancará os investimentos privados", disse.

Messenberg defende o aumento dos compulsórios, sobretudo no crédito voltado para o consumo. "É preciso baixar os juros com espaço aberto para elevação de compulsórios nas linhas de crédito, isso eleva as taxas de crescimento na economia", afirmou.

Para o economista, a atual política econômica caminha para a adoção dessas providências. "Vejo a política econômica se encaminhando para isso, é o que vejo nas entrelinhas dos comunicados do Banco Central e do Ministério da Fazenda", observou.




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