Economia Titulo
Preço de itens da cesta básica segue em alta, mas vai cair, segundo Craisa
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
19/03/2010 | 07:00
Compartilhar notícia


A cesta básica dos consumidores regionais deve ficar mais barata nas próximas semanas. Apesar de ainda sair R$ 6,29 mais cara após constantes altas, fornecedores já têm oferecido preços menores no atacado.

Segundo levantamento feito pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), a caixa com 22 kg de tomate, produto que apresentou variação de 17% no período, saia na semana passada por R$ 120 e era vendida ontem por R$ 70. Nos produtores, já custa R$ 35.

"Como o tomate é um produto substituível, os preços altos não se sustentam por muito tempo. Os valores vão recuar, as pessoas não estão dispostas a pagar R$ 5 no quilo do item. Elas buscam outras coisas", avalia o engenheiro agrônomo da companhia, Fábio Vezzá De Benedetto.

Ainda segundo ele, a dona de casa precisa investir na pesquisa para economizar. A variação entre os preços do produto chegavam a 130% entre os mercados. "Encontramos tomates sendo vendidos até R$ 8. Isso é injustificável, é preciso investir tempo na hora de comprar", pontua.

O arroz também é um item que tem dado dor de cabeça. A pesquisa da Craisa aponta que o grão variou novamente nesta semana, sendo comercializado a R$ 7,74 o pacote de 5 kg. O feijão e a carne bovina também tiveram variação no período.

A boa notícia é que o leite, que vinha em alta crescente nos últimos tempos, voltou a cair. Consumidores estão pagando hoje 5% a menos no produto. "O movimento de alta começou muito antes do esperado neste ano. Normalmente ele sobe perto do inverno. Esperamos que esse recuo sinalize uma parada no preço e que ele possa se manter estável por mais algum tempo", afirma Benedetto. Assim como no caso do tomate, a variação do leite chegou a 30% entre os supermercados.

NOVA ALTA - O custo médio da cesta básica era de R$ 334,97 na semana compreendida entre os dias 8 a 14. Já nesta semana o preço ficou em R$ 341,36. "Consumidores têm de avaliar sempre a possibilidade de trocar produtos caros por outros em promoção. Isso pode balancear custos. É a lei da oferta e da procura", completa o engenheiro.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;