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Trabalhadores da Mercedes Benz, em São Bernardo, temem demissões
Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
02/04/2009 | 07:00
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O clima de insegurança tomou conta dos trabalhadores da Mercedes Benz, em São Bernardo. Nos corredores da fábrica há rumores de que a empresa pode demitir ainda esta semana, devido a queda na demanda por caminhões e a pouca adesão ao PDV (Programa de Demissão Voluntária), finalizado em 13 de março.

A estimativa era de que 1.000 trabalhadores deixassem a unidade depois de aderir ao PDV. Apesar de a empresa não fornecer o dado final, funcionários da fábrica afirmam que o número ficou abaixo da metade do esperado. O programa, exclusivo para aposentados, parece não ter atraído muitos trabalhadores com o pagamento de quatro salários como ‘recompensa'.

De acordo com a empresa, o PDV foi aberto para atender a demanda específica de um grupo que já atendia a todas as regras para aposentadoria e queria sair da empresa com algum benefício a mais.

Em fevereiro, a Mercedes Benz já havia anunciado férias coletivas aos sete mil funcionários da produção, que ficaram em casa de 23 de fevereiro a 4 de março. Sem notar melhoras, os trabalhadores se dizem angustiados e temem cortes.

Segundo a Mercedes Benz, não há risco de demissões e qualquer negociação para controlar a produção será realizada com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

O sindicato também afirma que não há motivo para apreensão e que a situação está sob controle. Porém, não confirmou se a Mercedes Benz está negociando novas medidas para controlar a produção.

FORD - A mesma necessidade de controle de produção motivou a Ford, também em São Bernardo, a anunciar PDV, que começa hoje.

Até o dia 22, os 4,2 mil funcionários podem aderir ao programa. Quem optar por deixar a empresa, recebe em contrapartida 41,5% do salário por ano trabalhado. Caso seja portador de doença ocupacional, o valor sobe para 140% mais indenização adicional de acordo com a faixa salarial.




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