Os 155 países que participam da Conferência de Exame da Convenção sobre Armas Biológicas se comprometeram nesta sexta-feira, em Genebra, a reforçar seus controles sobre este tipo de armamento no âmbito internacional, assim como a trocar informações a esse respeito.
"O processo está de novo em marcha, depois do fracasso da conferência precedente, em 2001. Conseguimos superar as divisões", declarou aos jornalistas o embaixador do Paquistão e presidente da conferência, Masood Jan, no último dia de reuniões.
O documento aprovado com este consenso não prevê qualquer medida obrigatória de verificação, nem inspeções no terreno, diferentemente do que ocorre com as armas nucleares e químicas, já que os Estados e a indústria se negam a divulgar informações que, com freqüência, consideram confidenciais.
"O tema das medidas de verificação no plano internacional não foi discutido", confirmou o embaixador paquistanês.
Na conferência de 2001 foi impossível chegar a um acordo sobre as medidas de verificação da Convenção, apesar de anos de negociação. Os Estados Unidos se negaram, então, a assinar um novo protocolo.
Agora, os Estados se comprometem a reforçar as medidas para evitar que os materiais perigosos caiam nas mãos de terroristas, principalmente.
Além disso, será criada uma unidade de apoio para a implantação da Convenção, com sede em Nova York.
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