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Caminhões atraem as atenções no Anhembi
Wagner Oliveira
Do Diário do Grande ABC
28/10/2009 | 07:00
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Divulgação


O caminhão é a estrela da Fenatran (17º Salão Internacional do Transporte). Até sexta-feira, 335 expositores nacionais e internacionais reúnem-se no Anhembi, em São Paulo, para apresentar novidades no setor de cargas, implementos, passageiros e logística. Após a crise que derrubou vendas internas e exportações, as montadoras retomam lançamentos em função da recuperação da economia e do programa do governo federal que reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e os juros no financiamento.

A maior sensação da feira bienal é a chegada da alemã MAN, empresa de 250 anos de história, mas que só agora chega ao Brasil após comprar a Volkswagen Caminhões e Ônibus. A montadora secular anunciou que vai produzir, dentro de dois anos, dois caminhões das famílias TGS e TGX na fábrica de Resende (RJ). Os pesados vão complementar a linha atual da VW, que tem mercado no País para caminhões abaixo de 400 cavalos. As duas marcas, que vão conviver no mercado brasileiro, dividem o mesmo estande.

A linha TGS possui veículos de 18 a 41 toneladas de PBT (Peso Bruto Total), que são indicados para aplicações severas na construção civil, guindastes e betoneiras. Mas pode fazer ainda transporte de cargas frigoríficas, de distribuição urbana e rodoviária, além de cana-de-açúcar.

O TGX é a série mais completa da MAN, com motores de 400 a 680 cv. Projetada para longas distâncias, possui três configurações de cabines, com largura de 2,40 metros e altura de 1,90 m. A empresa anunciou que já desenvolve testes para uso de motores movidos com 100% de biodisel e também bicombustíveis, com diesel e álcool para caminhões.

Com ênfase nos pesados, a Iveco dá destaque ao recém-lançado Cursor. Para o segmento de PBT de 45 toneladas com motor de até 340 cavalos, o pesado 330 busca ganhar mercado com a nova cabine e economia de até 10% de combustível em relação ao modelo anterior.

Disposta a disputar com a MAN cada palmo do mercado, a Mercedes-Benz apresenta dez novidades em seu estande, um dos maiores da feira. Além da importação do Tractor, a montadora apresentou o pesado Axor 2646, que chega ao Brasil em março. Além disso, a marca aposta nos comerciais leves, com nova linha de furgões e vans Sprinter. A empresa apresentou versão com capacidade para 20 pessoas.

Voltada para os pesados e médios, a Volvo acredita no impacto de seu superpesado FH16 de 700 cv, produzido exclusivamente na Europa e considerado o caminhão mais potente do mundo. O preço do FH16 ainda não está definido, mas com a importação a Volvo também mostra suas cartas para defender um mercado que já conhece bem, onde tem cerca de três décadas de atuação.

A Scania, há 52 anos no País, também não pretende ceder. Mesmo na crise, a empresa anunciou ter saído de market share de 18% para 24% no segmento de pesados, onde mantém seu foco de atuação. Os caminhões pesados das séries G e R ganharam novo visual, por dentro e por fora. A empresa adota o uso de introduções contínuas para manter os caminhões atualizados e evitar a depreciação de mercado.

Ao anunciar investimentos de R$ 370 milhões entre 2010 e 2013 para atualizar sua linha de produção em São Bernardo, a Ford concentra-se em variações da nova linha cargo 2010. A empresa também anunciou a importação de uma versão cabine chassi da Transit para ampliar a participação do comercial leve no mercado nacional.

A Agrale lança versões leves 13000, com caçamba 6x2, e 8500, com o novo motor MWM 4.08 TCE. No estande da Renault, o foco concentra-se nos modelos das linhas Master e Kangoo. Também com estande na feira, a Fiat destaca o novo modelo Ducato Multijet e a picape Strada Working.

O mercado brasileiro deverá fechar este ano com cerca de 110 mil unidades vendidas, contra 125 mil em 2008. Mesmo assim, será o segundo melhor ano da história. Para 2010, a expectativa é que retorne ao patamar de 2008, já como o quinto maior do mundo, atrás de China, Índia, Japão e Estados Unidos.




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