O advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o ex-presidente da Câmara e atual deputado João Paulo Cunha (PT-SP), disse nesta quarta-feira que o petista não pode fazer parte do escândalo do ‘Mensalão’ (espécie de ‘mesada’ paga a parlamentares da base aliada para que votassem a favor de projetos de interesse do governo federal) porque é membro do próprio partido que comanda o governo.
Durante depoimento no STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado afirmou ainda que na acusação de favorecimento no contrato de publicidade da Câmara com a agência SMPB, que tinha como sócio Marcos Valério, o crime não está devidamente descrito pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, responsável por apresentar a acusação contra as 40 pessoas supostamente envolvidas no esquema fraudulento.
“A própria denúncia do Ministério Público não diz de que forma Cunha foi beneficiado para dar tratamento diferenciado à SMPB”, argumentou o advogado.
Em relação ao saque de R$ 50 mil no Banco Rural feito pela mulher do deputado, o advogado declarou que a tentativa de justificar a ida ao banco para pagar uma conta atrasada de televisão por assinatura não pode ser apontada como lavagem de dinheiro. “O deputado enviou a mulher ao banco para assinar o recibo. Isso não é lavar, mas esfriar dinheiro”, ressaltou.
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