Memória Titulo Memória
Apresentamos Dona Gertrudes de Lima

Ela é nome de uma das mais antigas ruas do Centro de Santo André...

Ademir Medici
23/05/2015 | 07:00
Compartilhar notícia


Ela é nome de uma das mais antigas ruas do Centro de Santo André, a rua do Sindicato dos Metalúrgicos. Começa em antigo trecho da Rua Coronel Oliveira Lima, hoje Fernando Prestes. Passa atrás do Cine Teatro Carlos Gomes. Segue célere em direção a um dos bairros urbanos mais antigos do Grande ABC, o Ipiranguinha. Dona Gertrudes de Lima. Mas, como era ela?

A resposta está na foto de hoje, do acervo de Oduvaldo de Lima, trazida à Memória por José Bueno Lima e incluída no trabalho escolar de Letícia Hespanhol Lima, a nova historiadora da família.

Dona Gertudes é fotografada com o marido Joaquim Antonio de Lima e com o filho Manoel Joaquim de Lima, o Maneco Teco. Ela viveu entre o século 19 e o século 20. Está sepultada no Cemitério de Vila Euclides.

Dona Gertrudes e Sr. Joaquim tiveram uma filha, Maria Augusta de Lima. A mocinha morreu com 18 anos, em 25-8-1896, vítima de tuberculose pulmonar, conforme atestado do Dr. José Luiz Flaquer, o senador Flaquer.

Uma pauta para Memória: ir ao Cemitério de Vila Euclides. Procurar pela antiga sepultura perpétua número 20, quadra 7. Ali teremos mais informações desta matriarca cujo nome perpetua-se em ponto nobre de Santo André, não muito longe da Rua Elisa Flaquer, mulher do senador Flaquer, todos contemporâneos de uma outra Santo André, que se transformava na primeira metade do já passado século 20.

Diário há 30 anos

Quinta-feira, 23 de maio de 1985 – ano 28, nº 5832

Manchete – Metrô paga desapropriações para trólebus na região

Movimento Sindical – Assembleia pode decidir a volta dos metalúrgicos; magistério vai às ruas explicar causas da greve; greve acaba no Correio; tensão entre boias-frias.

São Bernardo – Bairro Alvarenga pode ter acesso à Rodovia dos Imigrantes.

Ecos da Feira da Fraternidade – Escreve Claudete Reinhart: ‘Excelente ideia do Ocara a de servir sopa de cebola no último fim de semana’.

Polícia – Ladrões matam engenheiro a tiros no bairro Campestre, em Santo André.

O dia 23 de maio e o MMDC ampliado

Nesta data, em 1932, ocorrem distúrbios na Praça da República, em São Paulo. Enfrentam-se elementos da população e integrantes da Legião Revolucionária. Morrem os jovens Mário Martins de Almeida, Antonio Américo de Camargo Andrade e Euclides Miragaia.

Em 28 de maio, uma quarta vítima: Dráusio Marcondes de Souza.

As iniciais de seus nomes – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo – batizam a organização MMDC, que se destacou na Revolução Constitucionalista daquele ano.

Dias depois morre um quinto revolucionário, Orlando de Oliveira Alvarenga, nome que consta de lei sancionada em 14-1-2003 pelo governador Geraldo Alckmin, que na prática reescreve parte da história do Estado e acrescenta, oficialmente, a letra ‘A’ à sigla ‘MMDC’.

Em 23 de maio de...

1915 – Segundo dia da festa em louvor ao Divino Espírito Santo, em Santo André, com a seguinte programação:

- 5h – Alvorada com duas bandas e bateria de 21 tiros, para sacudir a ainda Estação de São Bernardo.

- 8h – Primeira missa. Em seguida, senhoritas percorrem as casas das famílias a fim de obter prendas para o leilão da noite.

- 10h – Missa solene cantada, seguida do sorteio dos festeiros para a festa de 1916.

- 15h – Procissão com sete andores de santos e bênção do Santíssimo Sacramento. Após, leilão e fogos de artifício.

- Festeiros de 1915: dona Elisa Flaquer, Antonio Queiroz dos Santos, Saladino Cardoso Franco e Augusto Gomes Pinto.

- Festeiros sorteados para 1916: Joaquim Gomes Pinto, Angelo Gavioli e Biagio Jacopucci.

1915 – Escoteiros paulistanos passam o dia em Paranapiacaba (Alto da Serra). Realizam exercícios de acampamento e cozinha. São acompanhados de quatro instrutores e um diretor.

- A guerra. Do noticiário do Estadão: ‘A Itália em pé de guerra’.

1975 – Lançada a pedra fundamental da Casa de Misericórdia de Diadema, na Rua 2 de Julho, Jardim Canhema. A instituição é presidida por Oscar de Barros.

- Maria Bernadete Salles Rego eleita Miss São Caetano. Representa o São Caetano EC; Lieda Maria Francisco Paula, eleita Miss Ribeirão Pires, representando o Rotary

2005 – Morre Waldemar Seyssel, o palhaço Arrelia.

Nas Ondas do Rádio

Viagem no tempo. Internet: www.viagemnotempo.net. Música, notícias e história. Produção e apresentação: Marcelo Lopes Duarte, diretamente do Jardim Alvorada, Santo André.

Estadão AM (700) E FM (92,9). Estadão Acervo. Geraldo Nunes enumera as atrações do seu programa:

- Uma conversa com o autor do livro que conta a história da revolução que destruiu a cidade de São Paulo em 1924.

- As curiosidades sobre vulcões. Quantos estão em atividade na América Latina e porque não tem vulcão no Brasil.

- Em 26 de maio de 1968 a equipe do Dr. Euryclides Zerbini realizava o primeiro transplante de coração no País

- A história do clube Juventus, um dos mais queridos times paulistas.
Apresentação: Geraldo Nunes. Hoje, às 6h e 14h; amanhã, às 7h.

Rádio ABC (1570). Causas Nobres. Produção e apresentação: Antonio Dalto. Hoje, às 10h.

Bandeirantes AM (840) e FM (90,9). A juventude transviada (segundo de dois programas). Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje, às 23h, com reprise amanhã às 5h.

Município Paulista

- Hoje é o aniversário de Bocaina. Elevado a município em 23-5-1891, quando se separa de Jaú.

Hoje

- Dia da Juventude Constitucionalista.

- Dia do Soldado Constitucionalista Paulista

- Solene Vigília de Pentecostes

Santos do dia

Porta-toalhas de sacristia. Século 18. Madeira, ferro pintado, barro cozido e policromado. Procedência: Cúria Metropolitana de São Paulo.

Peça faz parte da exposição Barro Paulista: a tradição bandeirante do imaginário em barro cozido. Em cartaz no Museu de Arte Sacra, Capital (Avenida Tiradentes, 676, bairro da Luz). Curadoria: Dalton Sala.

O toalheiro

Depoimento: Dalton Sala

Isso é mão de obra indígena. Coisa fantástica. Vem lá de São Miguel. Obra indígena feita sob orientação, provavelmente, de padres jesuítas. Eu sei por causa do tipo de talha, um toalheiro de igreja, em madeira, barro e ferro. Observe a utilização da língua. Uma peça que não existe outra igual no planeta.

- Epitácio

- Miguel, bispo

- João Batista Rossi  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;