A Câmara de Ribeirão Pires aprovou na sessão de ontem o reajuste do piso nacional para professores e dissídio, após semanas de tensão com o magistério local e a Prefeitura. O acréscimo salarial é de 7,67%. São 1.300 profissionais da Educação beneficiados com a medida. O reajuste passa a vigorar a partir do próximo pagamento.

A presidente do Sineduc (Sindicato dos Trabalhadores na Educação), Perla de Freitas, que acompanhou a sessão ao lado de aproximadamente 50 professoras e aplaudiu a aprovação do projeto, comemorou a conquista. “Essa vitória é muito importante, porque, se nós tivéssemos perdido o piso do professor, toda a tabela seria achatada e isso causaria prejuízo imenso em curto e longo prazos”, disse.

O projeto entrou em regime de urgência na sessão do Legislativo de ontem. “A nossa organização e mobilização foram fundamentais para conseguir esse direito que não estava nos planos desta administração”, criticou Perla.

Com o ajuste, o piso passa de R$ 1.778 para R$ 2.065. “Existem valores retroativos a serem recebidos e a promessa é que esse valor seja pago até o fim do ano”, revelou Perla.

Apesar da conquista, o Sineduc ainda tem outras reivindicações. “A campanha salarial não se encerra com a conquista do salário, tem inúmeros outros itens, como o plano de carreira para a área da Educação, que tem um olhar diferenciado por orientação do Ministério da Educação”, frisou.

A vereadora Cleo Meira (PTN) usou a palavra para parabenizar as professoras. “A luta não pode parar. Foi conquista muito importante e vocês terem caminhado juntos foi fundamental”, afirmou.

Já Renato Foresto (PT) disse que a luta por direitos deve continuar. “Existe a questão da jornada de trabalho, que aqui em Ribeirão impede as professoras de terem outros empregos.”