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Inveja do primo rico leva jovem a cometer homicídio e extorsão
Do Diário OnLine
11/09/2003 | 22:05
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"Cobiça, inveja, ódio, ciúme. Essa combinação explosiva acabou em tragédia." Foi assim que o diretor da Divisão Anti-Seqüestro (DAS) da Polícia Civil de São Paulo, delegado Wagner Giudice, resumiu o homicídio cometido por Fabrício Henrique de Oliveira, 20 anos, contra o próprio primo: Victor Thiago, 22, assassinado na noite de segunda-feira. Oliveira e seu comparsa no crime, Fábio Lopes da Silva, 23, assumiram a execução e contaram detalhes do crime à polícia. Os dois réus confessos, que conheciam a vítima desde a infância, já estão com prisão preventiva decretada.

Conforme Oliveira mesmo assumiu, inveja e cobiça o levaram a assassinar o primo e tentar extorquir o tio, Roberto Redolfi Thiago, dono de uma rede de óticas. Depois de capturar Thiago numa cilada e executá-lo com dois tiros pelas costas, a dupla ainda queimou o cadáver da vítima no porta-malas do Astra que ela dirigia.

O assassino, que já havia trabalhado numa loja do tio, estava desempregado e sem dinheiro. Outra motivação para o crime: a namorada de Oliveira havia se relacionado com Thiago anteriormente.

O estudante de Direito foi seqüestrado no fim da tarde de segunda-feira, ao passar na casa da tia (mãe de Oliveira) para uma visita. Com tudo planejado, os executores pediram uma carona quando o rapaz ia embora. No meio do caminho, Silva sacou um revólver e atirou nas costas de Thiago. No primeiro momento, ele pensou que o tiro havia surgido de fora do carro. Quando percebeu que o disparo havia sido feito pelo 'amigo', Thiago se mostrou pasmo. Ao pedir para que fosse levado a um hospital, ele levou o segundo tiro – fatal. E foi Oliveira quem puxou o gatilho.

Depois de matarem Thiago, Oliveira e Silva pararam num motel, onde tomaram banho e colocaram o corpo no porta-malas no Astra. Depois do motel, os assassinos deixaram o carro num estacionamento da rua Cipriano Barata, no Ipiranga (zona Sul). Eles ligaram para o pai da vítima e pediram um resgate por Thiago: R$ 400 mil. Como demoraram para receber o dinheiro, eles compraram gasolina num posto da vizinhança, levaram o carro para uma rua não muito longe dali e atearam fogo. Oliveira queimou o braço ao provocar o incêndio.

A tentativa de apagar as provas foi fracassada. Os peritos encontraram a caixa de fósforos usada para iniciar as chamas e a garrafa em que os dois acondicionaram a gasolina. Mas a peça fundamental para a resolução do crime partiu de três testemunhas. Pessoas que estavam no posto de gasolina e no estacionamento identificaram Oliveira e Silva quando tiveram acesso a fotos mostradas por policiais.

Na quarta-feira, os assassinos foram ao enterro de Thiago e demonstraram consternação com a perda. Oliveira foi chamado para depor em seguida. Ele começou negando a autoria do crime, mas se entregou quando soube das testemunhas. Chorando, Oliveira confessou o assassinato e ainda entregou o comparsa.




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