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FMI recomenda abertura comercial maior para o Brasil
Brasília
Da AE
14/04/2002 | 19:36
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O Brasil precisa enfrentar menos restrições a seus produtos, para poder exportar mais e assim ampliar sua abertura comercial. Esse é o comentário do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Guilherme Dias dos Reis, sobre estudo elaborado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) que recomenda maior abertura comercial ao país.

Os analistas do Fundo investigaram por que as economias emergentes, como o Brasil, sofrem tanto com as crises financeiras internacionais. Além de maior abertura, eles recomendaram a redução da dívida, especialmente aquela referenciada em dólares.

Reis concorda com a avaliação de que é necessário ampliar as exportações e lembra que o governo trabalha nessa direção. “O Brasil avançou muito nessa área e ainda tem muito a avançar”, disse. “O problema é que há uma assimetria entre a exposição das economias emergentes (aos importados) e o acesso que seus produtos têm aos demais mercados.” Reis lembra que a discussão sobre abertura comercial não pode ser feita por apenas uma parte dos países envolvidos na discussão.

“Este não é um momento favorável para ampliar a abertura”, afirmou o secretário. Os Estados Unidos desencadearam uma onda de protecionismo no mercado mundial de aço, ao estabelecer cotas e sobretaxas para os produtos siderúrgicos que importam do mundo inteiro, exceto Canadá e México. Além disso, a nova legislação para o setor agrícola em discussão no Congresso norte-americano aponta para o aumento da proteção e dos subsídios concedidos ao setor.

O secretário disse que o governo também vem tentando reduzir a parcela da dívida pública atrelada à variação cambial. Em fevereiro, essa participação era de 28,7%. “Estamos fazendo a substituição desses títulos à medida em que as condições de mercado assim o permitem”, disse.




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