Os analistas do Fundo investigaram por que as economias emergentes, como o Brasil, sofrem tanto com as crises financeiras internacionais. Além de maior abertura, eles recomendaram a redução da dívida, especialmente aquela referenciada em dólares.
Reis concorda com a avaliação de que é necessário ampliar as exportações e lembra que o governo trabalha nessa direção. “O Brasil avançou muito nessa área e ainda tem muito a avançar”, disse. “O problema é que há uma assimetria entre a exposição das economias emergentes (aos importados) e o acesso que seus produtos têm aos demais mercados.” Reis lembra que a discussão sobre abertura comercial não pode ser feita por apenas uma parte dos países envolvidos na discussão.
“Este não é um momento favorável para ampliar a abertura”, afirmou o secretário. Os Estados Unidos desencadearam uma onda de protecionismo no mercado mundial de aço, ao estabelecer cotas e sobretaxas para os produtos siderúrgicos que importam do mundo inteiro, exceto Canadá e México. Além disso, a nova legislação para o setor agrícola em discussão no Congresso norte-americano aponta para o aumento da proteção e dos subsídios concedidos ao setor.
O secretário disse que o governo também vem tentando reduzir a parcela da dívida pública atrelada à variação cambial. Em fevereiro, essa participação era de 28,7%. “Estamos fazendo a substituição desses títulos à medida em que as condições de mercado assim o permitem”, disse.
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