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Scénic anda bem com motor 1.6
Christiano Carvalho
Do Diário do Grande ABC
30/07/2002 | 19:23
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A concorrência acirrada do segmento das minivans ou monovolumes, com motores cada vez mais potentes e a incorporação de novos itens de série, tem obrigado o consumidor a fazer sua escolha com base em detalhes. O Renault Scénic, disponível em três versões – a de entrada RT 1.6; a intermediária RXE 1.6; e a top RXE 2.0, todas com 16 válvulas –, tem no desempenho satisfatório de seu propulsor o principal atrativo. Seus principais concorrentes são o Classe A, da Mercedes-Benz; o Xsara Picasso, da Citröen, que recentemente passou a ser vendido com pacote promocional de equipamentos, incluindo bancos de couro e rodas de liga-leve; e a Zafira, da General Motors, que ganhou câmbio automático como opcional.

A reportagem do Diário testou em 350 km de percurso misto (cidade e estrada) o Scénic RXE 1.6, que, desde o segundo semestre do ano passado, quando foi lançado, ampliou sua lista de itens de série incluindo também rádio CD com comando satélite na coluna de direção, computador de bordo e freios a disco nas quatro rodas. O carro custa R$ 43.990. Os únicos opcionais desta versão são o revestimento dos bancos em couro e a pintura metálica (R$ 620).

O veículo mostrou-se estável e seguro, devido, sobretudo, ao sistema ABS, também um item de série, o que não é muito usual em veículos com motor 1.6. Com propulsor de 110 cv de potência máxima a 5.570 rpm e 15,1 kgfm de torque máximo a 3.750 rpm, este Scénic ganhou pontos ao não perder força em subidas íngremes e ao encarar bravamente as curvas mais fechadas. A Renault informou que 90% desse torque já está disponível a partir de 2,5 mil rpm.

É verdade que a boa aderência foi favorecida pelo seu elegante e aerodinâmico desenho. Com formas bem definidas, o carro traz dimensões (4,169 metros de comprimento e 1,615 m de largura) um pouco menores do que outros veículos da categoria.

O nível interno de ruído, por sua vez, não é dos melhores, principalmente quando o motor encara situações em que ele é mais exigido. A boa transmissão confere dinamismo e agilidade ao Scénic, especialmente nas ultrapassagens; porém, no momento de trocar a marcha é possível sentir a vibração do motor. A suspensão macia permite que a minivan percorra terrenos irregulares sem sacudir muito. Os freios respondem imediatamente ao toque do motorista, característica que tranqüiliza aqueles que dirigem um monovolume pela primeira vez.

Internamente, há espaço e conforto de sobra. Os passageiros dos bancos traseiros (que podem ser rebatidos) têm à disposição até mesinhas semelhantes às de aviões, que saem dos assentos da frente. O marcador digital da temperatura ambiente e o visor do rádio, que exibe inclusive o nome da emissora sintonizada, chamam a atenção.

Em relação ao RT 1.6, que custa R$ 36.690, a versão avaliada pela reportagem traz a mais, como itens de série, sistema ABS, ar-condicionado, volante com regulagem de altura, banco do motorista com regulagem de altura e lombar, retrovisores e vidros traseiros com acionamento elétrico, faróis de neblina, indicador de temperatura exterior e rodas de liga-leve, além daqueles itens incorporados no ano passado.




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