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Preços do grupo habitação desaceleram e recuam IPC
12/07/2008 | 07:15
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O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) que mede a inflação na cidade de São Paulo subiu 0,77% na primeira quadrissemana de julho e ficou abaixo do resultado de junho (0,96%). A desaceleração foi provocada, principalmente, pela redução do ritmo de alta dos preços relativos à habitação.

Calculado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o IPC veio abaixo das expectativas dos analistas, que variavam de 0,81% a 0,93%. Os grupos que apresentaram elevação entre o fechamento de junho e a primeira prévia de julho foram despesas pessoais (de 0,80% para 0,88%) e educação (de 0,08% para 0,11%).

Recuaram os segmentos alimentação (de 2,87% para 2,34%), vestuário (de 0,55% para 0,34%), saúde (de 0,82% para 0,74%), habitação (de 0,30% para 0,12%) e transportes (de 0,15% para 0,12%).

O destaque do levantamento foi o comportamento do grupo habitação, cuja desaceleração é decorrente da queda de 1,86% do item energia elétrica, proporcionada pela alíquota menor de PIS/Pasep (Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) determinada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para as contas da Eletropaulo deste mês.

Outro fator importante foi o comportamento de alta mais amena da alimentação.

Apesar de o grupo permanecer em nível elevado e representar cerca de 70% de toda a inflação paulistana, apresentou taxa 0,53 ponto percentual menor do que a apurada no final de junho, quando houve variação de 2,87%.

O novo coordenador do IPC da Fipe, Antonio Evaldo Comune, manteve em 0,95% a projeção para a inflação na cidade de São Paulo neste mês. Ele disse que há um "viés de baixa" para a estimativa, que poderá ser alterada na próxima divulgação do indicador.

"Prefiro manter a previsão de 0,95%, mas acredito que a taxa de inflação poderá ficar mais parecida com o que vimos na primeira quadrissemana do que com o fechamento do mês passado."

A desaceleração observada no indicador tem grande ligação com o que aconteceu com a maioria dos grupos pesquisados na primeira quadrissemana de julho. Para 2008, ele preferiu não modificar a estimativa. O IPC deve chegar ao final do ano com taxa acumulada de 6,35%, projetou.




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