Mesmo após ver seus pedidos rejeitados pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), o ex-prefeito Mauricio Soares (ainda filiado ao PT) decidiu permanecer na administração petista – preside a Fundação Criança –, pelo menos nos próximos 15 dias. No mês passado, Mauricio disparou série de ataques contra o petismo e a integrantes do governo, garantindo que deixaria a sigla e a administração para encampar projeto de candidatura ao Paço em 2016. Ressaltou na ocasião que seu futuro deveria ser o PSB.

Dias depois, fez o primeiro recuo. Salientou que poderia seguir na gestão Marinho caso ocorressem as demissões dos secretários Cleuza Repulho (Educação), Odete Gialdi (Saúde), José Albino (Governo) e Nilza de Oliveira (primeira-dama e Orçamento e Planejamento Participativo), argumentando que todos são a “arrogância” dentro da Prefeitura de São Bernardo.

“Pois bem. O prefeito disse para mim que não vai demitir ninguém. Contudo, pediu que eu ficasse na Fundação Criança por pelo menos mais alguns dias. Ele afirmou que vai atender a umas reformas que solicitei. Então, decidi esperar”, revelou Mauricio Soares, sem entrar em detalhes.
O ex-prefeito foi evasivo sobre o posicionamento futuro. Repetindo discurso da semana passada, voltou a frisar que pode permanecer filiado ao PT. “Posso continuar no partido, porque se não deixar a administração não tem justificativa deixar a legenda. Precisa acontecer muito diálogo ainda”, adicionou o político.

Depois de anunciar que estava deixando PT, Mauricio iniciou peregrinação pelos partidos da cidade. Voltou a articular com o ex-prefeito William Dib (PSDB), com quem tinha rompido, e com integrantes do G-9, ala independente no Legislativo. Entretanto, não conseguiu firmar projeto no cenário político local.