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Após histórico de consenso, Acisa abre disputa eleitoral

Evenson Dotto e Flávio Martins brigam pela preferência dos associados

Fábio Martins
do Diário do Grande ABC
09/01/2012 | 07:27
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Depois de 18 anos de consenso na eleição da diretoria da Associação Comercial e Industrial de Santo André, a escolha do sucessor de Sidnei Muneratti no comando da entidade sairá por disputa voto a voto. O diretor do Diário, Evenson Dotto, e o vice-presidente da Sociedade Oliveira Lima e Região, Flávio Martins, pleiteiam a preferência dos associados na eleição, que ocorrerá dia 26 - o prazo para inscrição de candidatos se encerra quarta-feira.

O lançamento de duas chapas para concorrer à presidência evidencia a divisão dos grupos da situação. Parte apoia Evenson e a outra aderiu à campanha de Flávio, criando certo desconforto entre as alas que hoje comandam a Acisa. Para evitar a saia justa, nos bastidores surgiu a hipótese de apresentação de uma terceira via para que ambos desistissem e costurassem união em torno de um nome, porém a iniciativa não encontrou respaldo.

Muneratti avalia que o embate das chapas dará o tom de transparência e democracia que vive a instituição. Segundo o presidente, a disputa "saudável" e a forte disposição de participação no processo demonstram que a Acisa não está sob mando de um grupo. "Não há acerto interno de passar o bastão a pessoas próximas. Será uma eleição com lisura e sem manipulação para nenhum dos lados."

A chapa eleita, composta por 29 pessoas, tem direito a mandato de três anos, que inicia a partir de março, com chance de reeleição em 2015. Só que há trato informal de evitar a segunda empreitada para conceber a renovação contínua no posto, inclusive no caso de Muneratti. Todos com ingresso superior a um ano na Acisa, mensalidades e obrigações empresariais quitadas podem participar da eleição - a instituição registra cerca de 4.000 integrantes.

A falta de acordo prévio, segundo Evenson, levou à divisão das chapas. "Não houve adesão na totalidade. Grande parte da diretoria me apoiou e parte do conselho superior acredita que o Flávio deve ser candidato." O empresário pondera que não existe racha por ser uma concorrência limpa. "Ninguém fala mal de ninguém. Somos amigos, entramos praticamente juntos na Acisa. Não abro mão por ter sido o primeiro a exprimir o interesse (na disputa)."

Flávio, por sua vez, considera que houve "falha técnica" no meio do processo. Ele aponta a ausência de comunicação para explicar o impasse. "Logo quando soube que ele (Evenson) era candidato propus uma composição, mas ele também já tinha assumido compromisso (com o grupo). Acabamos combinando uma dobrada independente." O postulante admite que há um clima indigesto com a separação. "Teve gente (da chapa contrária) que veio se justificar. Somos adultos. Cada um tem direito de caminhar para lá ou para cá."

As chapas contêm projetos semelhantes de descentralização e integração do comércio, principalmente de bairro, fortalecimento da indústria e ampliação de associados. Evenson faz parte da diretoria da Acisa, na qual atua há nove anos. Do outro lado, Flávio ocupa cargo no conselho superior da entidade, onde está há 12 anos.




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