Apesar dos juros já terem subido 3 pontos percentuais, o câmbio ainda é um problema para o BC e provoca problemas todos os dias. A instituição acredita que o resultado final da inflação possa ser influenciado por reajustes de preços administrados, o que vem acontecendo com freqüência. De acordo com o BC, a instituição aumentou as estimativas de 2,4% para 2,9%.

Segundo a ata do Copom, nas duas semanas anteriores à reunião, que ocorreu nos últimos dias 19 e 20, "a cotação do dólar registrou um aumento considerável". No entanto, o BC lembrou que as previsões ruins em relação aos impactos na economia provocados pela crise de energia foram amenizadas e houve melhora da situação externa.

O documento divulgado pelo BC mostrou que, frente aos cenários analisados, os diretores do BC consideraram duas propostas: uma mantinha o ritmo de elevações das taxas em torno de 0,5 ponto porcentual, a outra continha um aumento maior dos juros com a adoção do viés de baixa. Depois de cerca de seis horas de reunião — a mais alta da gestão de Armínio Fraga — optou-se pela segunda. O aumento foi de 1,5%.

Sobre a crise de energia elétrica, a ata do Copom diz que não há dúvidas de que o racionamento de energia vai afetar o crescimento da economia deste ano.