Nenhuma reunião sobre as demandas locais foi realizada
pelos deputados estaduais no Consórcio; eleição será entrave
Embora tenha sido prometido em 2011, o debate regionalizado das demandas locais pelos deputados estaduais do Grande ABC não virou realidade. Os parlamentares concordaram em discutir os pleitos comuns às sete cidades usando o Consórcio Intermunicipal como ponto de encontro, deliberando soluções conjuntas. Quase um ano depois, nenhum encontro ocorreu.
Durante evento no Consórcio em março, o presidente do colegiado de prefeitos, Mário Reali (PT - Diadema), abriu espaço para os parlamentares apresentarem suas demandas. O grupo atuaria de maneira informal, podendo receber sugestões e apoio político da instituição.
A execução efetiva da lei específica da Billings e o metrô leve que passará pela região são pontos enaltecidos pelos oito parlamentares do Grande ABC e que poderiam ter a discussão aprofundada. Mas, pelo menos por enquanto, não há debate, apenas posicionamentos pessoais.
Os parlamentares alegam que a incompatibilidade de agendas foi o principal entrave para as discussões da bancada. Mas se em 2011 não se reuniram, dificilmente o debate ocorrerá neste ano, tendo em vista as eleições municipais - os deputados particirarão direta ou indiretamente do pleito.
Carlos Grana (PT) defende que não houve falta de vontade dos parlamentares em discutir as demandas da região, mas reconhece que a bancada não conseguiu cumprir o planejado. "De fato faltou um pouco mais de integração. Tentamos fazer isso no processo de discussao das emendas parlamentares." Pré-candidato a prefeito de Santo André, Grana puxa a fila dos deputados que reconhecem que dificilmente a bancada conseguirá dialogar em 2012.
Donisete Braga (PT) cobra que o governo do Estado nomeie um representante para ser o interlocutor destas tratativas. "Existem muitos nomes na região que podem desempenhar esse papel. A presença desse interlocutor é fundamental." O petista reconhece que se nenhum encontro ocorrer até abril, não ocorrerão outros durante o período das campanhas eleitorais.
Em seu primeiro ano na Assembleia, Regina Gonçalves (PV) afirma que a falta de compatibilidade de agenda dificultou o diálogo entre os parlamentares. "Cada um tem sua agenda pessoal, o que dificulta um pouco. Mas sempre que é necessário conversamos", pontua. Ela também considera que o calendário eleitoral vai dificultar os encontros com os colegas.
José Bittencourt (PSD) admite que não houve sequencia no plano de ação dos parlamentares em prol da região. "São múltiplos compromissos, mas nem por isso deixou-se de debater ações voltadas para o Grande ABC", atenta, sobre conversas durante as sessões.
Os deputados estaduais Orlando Morando (PSDB), Ana do Carmo (PT), Vanessa Damo (PMDB) e Alex Manente (PPS) não retornaram aos contatos do Diário.
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