"Poderemos entrar com uma açao de responsabilidade civil para exigir indenizaçao", disse o advogado da família. Segundo Esteves, dependendo do que o laudo apontar, o processo poderá ser impetrado contra a construtora Chap Chap, responsável pela obra; a empresa Grumont Equipamentos, proprietária do guindaste de onde o carrinho se soltou ou ambas. "A família está muito chocada e ainda nao sabe ao certo o que pretende fazer", disse.
O carrinho estava acoplado a um guindaste comandado pelo funcionário da Grumont Equipamentos, José Neto Cardoso Silva. O equipamento, pesando 60 quilos, caiu de uma altura de 40 metros a uma velocidade de 100 quilômetros por hora e atravessou o tapume de proteçao antes de atingir Milene, que morreu na hora. Silva e o engenheiro responsável pela obra, José Carlos Zacarias, foram indiciados por homicídio culposo.
De acordo com o advogado, apenas o fato de algo ter se soltado do guindaste e atingido a estudante já seria suficiente para processar as duas empresas. "Estamos esperando pelo laudo porque ainda há dúvidas se o que atingiu a vítima foi mesmo um carrinho ou alguma peça do guindaste", explica. Segundo ele, as empresas ainda nao entraram em contato com a família da estudante.
Família - O médico oncologista Nelson Pires Modesto, pai de Milene, viajou nesta segunda-feira para Florianópolis, onde deveria participar de um congresso que havia sido agendado antes da morte da estudante. Sua mulher, Rosana Marcondes, que é médica do trabalho, confirmou, porém, a intençao da família em processar as empresas responsáveis pela obra. "Estamos todos muito abalados, mas certamente algo deverá ser feito", disse.
Milene cursava pós-graduaçao em Museologia na Universidade de Sao Paulo. Ela havia acabado de sair do trabalho na Itaú Eventos, e pretendia encontrar-se com o namorado, o músico Wagner Sanches, quando foi atingida pelo carrinho. A obra da construtora Chap Chap fica no número 2.230 da Avenida Paulista. O corpo da estudante foi sepultado no sábado, em Campinas.
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