A comissão técnica da Seleção Brasileira acredita que não há a menor possibilidade de a seleção peruana mudar a próxima partida do Brasil nas eliminatórias sul-americanas, marcada para a capital Lima, ao nível do mar, para Cuzco, a 3.400 m de altitude. O jogo está programado para o fim de semana de 17 e 18 de novembro – na partida seguinte, provavelmente no dia 21, o Brasil recebe o Uruguai no Morumbi.

Tanto a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), do presidente Ricardo Teixeira, quanto a Fifa, de Joseph Blatter, não aceitam a mudança de última hora, sobretudo porque inspetores da entidade máxima do futebol mundial já vistoriaram o estádio Monumental, em Lima, e não pretendem fazer o mesmo em Cuzco. Esse é o único motivo para a recusa do pedido de mudança feito pela Federação Peruana de Futebol.

Jogar na altitude de Cuzco é, para muitos peruanos, o único caminho para roubar pontos do Brasil na competição. O Peru ainda não desistiu de mudar o local do confronto e tentará nova cartada junto à Conmebol até o fim do mês. "A chance é zero de isso acontecer", garante o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva.

Não existe nas eliminatórias qualquer restrição à altitude. O Peru só não conseguiu levar o jogo para Cuzco porque tentou a mudança tarde demais.

A partir das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, que será no Brasil, a Fifa já determinou que os países sul-americanos só poderão se enfrentar em altitudes até 3.000 m, o que não muda muito o problema das seleções acostumadas a treinar no nível do mar ou um pouco acima dele.

Bogotá, onde o Brasil sofreu para empatar com a Colômbia, está a 2.640 m do mar e, portanto, continuará recebendo jogos. A determinação veta as partidas em La Paz, na Bolívia, que tem 3.660 m de altitude.