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Homem acusado de matar 7 pessoas tenta suicídio
Do Diário do Grande ABC
31/01/2000 | 13:16
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Domingos Amorim Pinto, 40 anos, tentou se suicidar depois de ser acusado de matar a ex-mulher, Marilene Fernandes Soares, 38 anos, e outras seis pessoas da casa onde ela morava. Além disso, ele é apontado como autor da agressao física contra um menino de 10 anos, na noite de domingo, em Sao Gonçalo, no Rio de Janeiro.

Nesta segunda-feira, ele atirou contra a própria cabeça e está internado em estado grave. Para o delegado José de la Torre, da 75ª DP (Rio do Ouro), nao há dúvidas de que foi um crime passional.

Segundo Edilson Ferreira de Lima, que sobreviveu à chacina junto com o filho Bruno, de oito anos, o assassino já entrou em casa atirando. ``Eu só consegui escapar, porque fiquei junto com meu filho escondido no banheiro e ele nao nos viu', contou Edilson.

Testemunhas também disseram que Domingos foi à casa da ex-mulher, em Sao Gonçalo, pouco antes das 23h de domingo, e atirou contra ela, usando um revólver calibre 38. Lá, ele também teria assassinado a irma de Marilene, Tânia Regina Fernandes Soares, 41 anos, e o marido dela, Luiz Ederaldo Alves Martins, 41. Nos fundos da casa, ele teria matado Tereza Fernandes Soares, 63, Maria Fernandes Soares de Lima, 38, e José Ferreira de Lima, 38. Ele também feriu a filha de Maria, Bárbara de Lima, 10 anos, que está internada no Hospital Azevedo Lima, em Niterói, mas nao corre mais risco de vida.

Os assassinatos ocorreram na rua A, lote 5, quadra 5, em três casas, todas da mesma família. Na mesma rua, Domingos ainda teria matado Joao Batista Mendes de Souza, 22 anos, que estava na rua.

Assassinatos em série - Na primeira casa que invadiu, Domingos de Amorim matou três pessoas - duas mulheres e um homem. Na segunda, a vítima foi uma mulher. E na terceira, outra mulher e a criança de dez anos, que conseguiu sobreviver. Um homem que provavelmente estava tentando escapar foi morto no muro de uma das casas. E o outro, que andava na rua e foi atraído ao local pela confusao, também nao conseguiu fugir.

A dor de perder na mesma noite a mulher, o irmao e de ter a filha baleada foi demais para Edilson. Ainda com os pés sujos de sangue e muito emocionado ele contou na delegacia como foi o crime. Disse ter ouvido tiros na sala de casa e que o filho entrou no seu quarto gritando: ``Estao matando a Maria. Falei para minha mulher nao ir lá, mas ela foi e morreu', lamentou Edilson.

Para os vizinhos, o crime foi uma surpresa. Eles contaram que a família Fernandes Soares era tranqüila e quase todas as mulheres da casa freqüentavam a Assembléia de Deus. De acordo com o delegado José de la Torre, a busca ao assassino começou imediatamente. ``Já estamos à procura dele e ele deve ser preso nas próximas horas', acredita o delgado.

Ele contou que o assassino nao deu a menor chance de reaçao às vítimas. ``Ele estava enlouquecido. Matou tudo que viu pela frente e nao economizou muniçao, tendo inclusive recarregado a arma, pelo menos duas vezes. Os tiros foram dados, em sua maioria, na cabeça das pessoas', explicou José de la Torre ao mostrar as nove cápsulas de balas, calibre 38, encontradas no local do crime.




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