O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, receberá na terça-feira o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. Na pauta estará o encaminhamento do monotrilho, que ligará a Estrada dos Alvarenga, em São Bernardo, à Estação Tamanduateí do Metrô, num trajeto de 23 quilômetros, com 18 estações, que poderá ser feito em 28 minutos.

"Será cobrada a evolução disso", afirmou ontem o chefe do Executivo, que juntamente com o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), e representantes do governo de São Paulo, apresentou estudo preliminar no dia 10 de março.

O governo federal disponibilizou R$ 27,8 milhões e o Estado R$ 1,2 milhão para execução de projeto base, que levará em conta valores para construção da obra, materiais a serem utilizados, quantidade de desapropriações, impacto ambiental, dentre outros fatores.

Depois desse levantamento prévio será aberta licitação para contratar empreiteira que fará a pista suspensa do metrô leve, que passará pelas avenidas Lauro Gomes, em São Bernardo, e Guido Aliberti, em São Caetano. "Precisamos consolidar os recursos. Temos de discutir a possibilidade de verba do PAC 2 (segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento)", discorreu Marinho.

Antes de anunciar o encontro com Portella, o prefeito explicou que foi "mal-interpretado", quando disse, na quarta-feira, durante inauguração do Ecopátio Imigrantes (investimento privado), que o Rodoanel "não é remédio para todos os males".

"Afirmei que é uma obra que está atrasada dez anos ou mais. No Brasil, de maneira geral, as obras de infraestrutura estão atrasadas. É constatação, não é crítica."

Marinho também havia ressaltado que o Trecho Sul do Rodoanel não resolvia o problema do fluxo de pessoas. E, de imediato, teve resposta do governador Alberto Goldman (PSDB). "A estrada foi construída para melhorar o trânsito pesado (de caminhões) que passa pela Capital, não para solucionar o transporte de pessoas."