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Polícia prende suposto gerente de tráfico do Morro do Samba
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
11/12/2005 | 08:18
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Um suspeito de atuar como gerente do tráfico de drogas no Morro do Samba, em Diadema, foi preso na madrugada de sábado na frente de uma casa na travessa Petrolina, no Jardim Canhema. Crispim Lima Santos, 25 anos, o acusado, foi detido em abordagem comum da Polícia Militar. Com ele, estava o desempregado José Rodrigues Gouveia, 32, com quem a polícia teria apreendido uma sacola com 216g de cocaína (avaliados em R$ 2.160). Na casa em que foram detidos, onde vive Gouveia, também foram recolhidos 88g de crack. Os policiais encontraram ainda R$ 860 em espécie no bolso de Crispim. E afirmam ter apreendido um revólver calibre 38, com tambor carregado, com o acusado de gerenciar a venda de drogas no Morro do Samba, favela citada pela polícia como um dos três principais pontos de tráfico na cidade.

O suspeito de gerenciar um ponto de tráfico, Crispim, não resistiu à prisão. Gouveia, no entanto, correu para dentro de sua casa e tentou fugir, mas foi detido e confessou à polícia vender drogas no local.

Crispim alegou estar lá para pagar R$ 500 a um homem conhecido como Alemão, que teria vendido a ele um aparelho de TV. Crispim negou à polícia atuar no tráfico. Disse que ganhou o dinheiro trabalhando como ajudante de pedreiro e que não carregava consigo nenhuma arma.

A delegada plantonista Juliana Buck Gianini, do 3º DP de Diadema, diz que Crispim pode ser um grande traficante, mas que não há evidências que o incriminem por isso. "Existe a suspeita de que ele seja gerente do Morro do Samba. Nesse caso, pode ter ocorrido de ele jogar a responsabilidade para cima do outro detido. Mas isso não está confirmado. O flagrante foi feito apenas no contexto de ocorrência de porte de arma contra Crispim e tráfico contra Gouveia", disse a delegada. Os R$ 860 encontrados com Crispim foram devolvidos a ele por falta de provas.

Investigadores do 3º DP afirmam que o dono da boca (ponto de venda de drogas) no Morro do Samba é conhecido pela apelido de Birosca, e que ele está preso e condenado a mais de quatro anos de reclusão por tráfico. Birosca teria colocado um homem de confiança para cuidar de seus negócios ilícitos na favela, cargo esse conhecido como gerente do tráfico na estrutura do crime organizado.




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