Os funcionários da instituiçao, que defendem o mesmo índice de reajuste, fazem assembléia nesta terça-feira. O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp informou nesta segunda-feira, por intermédio de sua assessoria, que seguirá a estratégia dos professores, indicando a aprovaçao de greve por tempo indeterminado. Cerca de 2.200 professores e 10 mil funcionários trabalham na universidade.
A assembléia dos professores aconteceu logo depois de a Associaçao dos Docentes da Unicamp (Adunicamp) receber um comunicado da reitoria informando sobre o índice de reajuste. O texto, com apenas três linhas, causou irritaçao entre os líderes da categoria. A mesma reaçao tiveram os diretores do Sindicato dos Trabalhadores, que consideraram o reajuste "insuficiente".
O Sindicato dos Trabalhadores informou que, em caso de greve, todos os setores da universidade serao atingidos, até mesmo o Hospital de Clínicas. A idéia, segundo os diretores do Sindicato, é parar o hospital aos poucos, mantendo apenas os 30% do quadro funcional, conforme exige a lei, para atender os casos de emergência. A unidade atende a pacientes de toda a regiao.
Na última rodada de negociaçoes, dia 19, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) deixou claro que nao pretendia atender à reivindicaçao dos trabalhadores. A proposta do Cruesp é de aumento de 7% sobre os salários de março, vigorando a partir de abril, mais abono de 28% sobre os salários de março. Esse índice recupera os salários a partir de maio de 97, mas nao cobre as perdas desde maio de 95 conforme querem os trabalhadores.
Professores e funcionários da Universidade de Sao Paulo (USP) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) reivindicam o mesmo que o pessoal da Unicamp. Se houver greve nas três instituiçoes, cerca de 100 mil alunos poderao ser atingidos. Juntas, as três unidades reúnem 40 mil trabalhadores, entre funcionários e docentes.
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