O ministro da Saúde, Humberto Costa, reafirmou nesta quinta-feira que os contratos de municipalização dos hospitais no Rio de Janeiro podem ser renegociados e que o governo federal pode, inclusive, aumentar os recursos destinados ao município, desde que a prefeitura se comprometa a implantar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o atendimento básico, especialmente do programa Saúde da Família. Costa enfatizou, no entanto, que o Ministério da Saúde repassa anualmente para o Rio R$ 2 bilhões, que representam 5% do orçamento da pasta.

"Estamos abertos a discutir eventuais cláusulas de contratos de municipalização de alguns hospitais que realmente estão necessitando de reposição financeira dos gastos com a contratação de pessoal. Mas estes valores ainda serão discutidos com a prefeitura da cidade", afirmou Humberto Costa. Ele destacou que o acordo deverá ser homologado pela justiça "para que possa haver cobrança tanto do Ministério da Saúde quanto da prefeitura do Rio, além de um acompanhamento pela sociedade".

Segundo o ministro, as equipes técnicas do Ministério da Saúde e da prefeitura do Rio começaram a se reunir hoje, e a expectativa é que na semana seguinte ao carnaval o acordo sobre a situação dos hospitais do Rio já esteja fechado.

O secretário de Saúde do Rio, Ronaldo Cezar Coelho, disse que concorda com as exigências do ministério e que está confiante em uma solução para o problema nas próximas semanas. "Vamos chegar a um acordo neste sentido e estamos também negociando investimentos de modernização desses hospitais e de toda a região metropolitana para que haja saúde onde a pessoa mora". De acordo com o secretário, as prioridades são os hospitais de Jacarepaguá, Andaraí, Ipanema e Lagoa.