O líder da suposta célula terrorista de Miami que queria explodir a Torre Sears de Chicago pretendia causar uma "revolução" nos Estados Unidos e temia que a rede Al Qaeda interferisse em seus planos.

Os novos detalhes da conspiração foram apresentados pelo promotor federal de Miami, que pediu a nomeação de um advogado privado para Narseal Batiste, porque o Ministério Público já representa um informante do FBI (polícia federal) implicado no caso.

Segundo a promotoria, Batiste, de 32 anos, tomou a iniciativa de fazer contato com a Al Qaeda em outubro de 2005 para realizar uma guerra santa islâmica nos Estados Unidos.

De acordo com um informante do FBI que se fez passar por membro da Al Qaeda, Batiste queria destruir a Torre Sears de Chicago (Illinois), mas estava preocupado "com uma interferência em sua missão (por parte da Al Qaeda) para levar a cabo a guerra contra o governo" americano.

Em março passado, Batiste jurou lealdade à Al Qaeda, assim como os demais acusados no caso: Patrick Abraham, Burson Augustin, Rotschild Augustine, Naudimar Herrera, Lyglenson Lemorin e Stanley Grant Phanor.

Para a missão da Torre Sears, Batiste teria recrutado um homem em Chicago, o "Sultão" Charles Stewart, que viajou a Miami para tratar de armar a "revolução".

Stewart, identificado como um seguidor do movimento "Moro", um grupo religioso fundado nos EUA em 1913 e que mescla Islã com cristianismo e judaísmo, se desentendeu com Batiste posteriormente e ao ser preso por porte de arma, concordou em cooperar com o FBI sobre o caso.

Se forem condenados por conspiração, os sete acusados poderão pegar até 70 anos de prisão cada.