A cesta básica da região desta semana teve pequena retração, de acordo com levantamento feito pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). O conjunto de itens de primeira necessidade, composto por 34 produtos voltados a uma família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) que há sete dias custava R$ 486,99, hoje vale, em média, R$ 484,69, o que representa economia de R$ 2,30.

O quilo da carne de segunda (acém) continua subindo, com alta de 4,47%, passando de R$ 14,98 para R$ 15,65. Conforme o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, explica, isso é resultado de o produto ser uma commodity, sendo cotada em dólar, e da troca de estação, que prejudica a pecuária, que, por sua vez, tende a elevar o preço do alimento ainda mais.

Apesar disso, a carne de primeira, que sofreu inflação na semana passada, teve queda de 3,83%, mas ainda segue cara, custando R$ 20,08. “A partir da segunda quinzena as promoções de itens mais caros, como a carne de primeira, começam a aparecer”, alerta para a tendência.

Benedetto aproveita para dar dica ao consumidor da região, que deve aproveitar as ofertas dos próximos dias. “Do meio para o fim do mês os preços costumam baixar, já que o consumidor gastou boa parte do salário e precisa encontrar opções mais acessíveis.”

As altas da semana ficam por conta da batata, que encareceu 14,51% e custa R$ 3,63. O tomate também continua subindo. O quilo teve alta de 10,10%, e foi para R$ 6,43. “A oferta da batata continua abundante, acredito que tenha sido algo atípico. Já o tomate sofre aumento nesta época do ano por conta da escassez e transição de safra”, comenta.

Essas questões pontuais de oscilação costumam ser normais, afirma Benedetto, ao citar a queda do preço do quilo da banana, de 16,67%, sendo que na semana passada a fruta foi um dos itens que mais aumentaram. “A tendência é baixar, porque é um produto pouco consumido.”

Outra orientação para quem quer economizar é manter o consumo de hortifrúti, que costuma diminuir por conta do inverno. “O frio deixa as pessoas com menos vontade de consumir frutas e verduras, o que faz o preço baixar. Mas a ideia é continuar comprando, aproveitando as ofertas.”