O presidente da OAB sublinhou que seu pronunciamento coincidia com o dia do 'Basta, eu quero a paz', promovido no Brasil por organizaçoes nao-governamentais. Acrescentou que embora o Brasil tenha avançado na escolarizaçao, na reduçao da mortalidade e no combate ao trabalho infantil, "esses parcos avanços sao quase pífios ante o que é preciso fazer e ante o que deixamos de fazer, subjugados que nos tornamos às coerçoes do mercado financeiro internacional".
Entre os dados citados no seu discurso na assembléia da UIA - organismo ligado às Naçoes Unidas -, Reginaldo de Castro citou que 21 milhoes de crianças brasileiras sao hoje vítimas da pobreza, enquanto o número de adolescentes infratores, cumprindo medidas sócio-educativas totaliza 22.845. Destacou também que, de acordo com números do Tribunal de Contas da Uniao (TCU), 58% da despesa orçamentária brasileira (equivalente a R$ 341,8 bilhoes) compreenderam, no ano passado, gastos com juros, encargos e amortizaçao das dívidas interna e externa, além do refinanciamento da dívida pública. "Pode uma naçao cuidar de seus encargos sociais e dar curso a seu projeto de desenvolvimento, estrangulada por imposiçoes financeiras tao esmagadoras?", perguntou.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.