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OAB apela à ONU para aliviar dívidas e investir na paz
Do Diário do Grande ABC
07/07/2000 | 17:44
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Em pronunciamento, nesta sexta-feira, na sede das Naçoes Unidas, numa reuniao promovida pela Uniao Internacional dos Advogados (UIA), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Reginaldo de Castro, fez um apelo à comunidade jurídica internacional para que os países endividados possam reduzir "substancialmente" o comprometimento de suas receitas com o serviço de suas dívidas externas, "assumindo o compromisso de investir na recuperaçao das crianças e dos adolescentes, que se tornaram vítimas da violência".

O presidente da OAB sublinhou que seu pronunciamento coincidia com o dia do 'Basta, eu quero a paz', promovido no Brasil por organizaçoes nao-governamentais. Acrescentou que embora o Brasil tenha avançado na escolarizaçao, na reduçao da mortalidade e no combate ao trabalho infantil, "esses parcos avanços sao quase pífios ante o que é preciso fazer e ante o que deixamos de fazer, subjugados que nos tornamos às coerçoes do mercado financeiro internacional".

Entre os dados citados no seu discurso na assembléia da UIA - organismo ligado às Naçoes Unidas -, Reginaldo de Castro citou que 21 milhoes de crianças brasileiras sao hoje vítimas da pobreza, enquanto o número de adolescentes infratores, cumprindo medidas sócio-educativas totaliza 22.845. Destacou também que, de acordo com números do Tribunal de Contas da Uniao (TCU), 58% da despesa orçamentária brasileira (equivalente a R$ 341,8 bilhoes) compreenderam, no ano passado, gastos com juros, encargos e amortizaçao das dívidas interna e externa, além do refinanciamento da dívida pública. "Pode uma naçao cuidar de seus encargos sociais e dar curso a seu projeto de desenvolvimento, estrangulada por imposiçoes financeiras tao esmagadoras?", perguntou.




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