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Etapa inicial da obra em Paranapiacaba custa R$ 29,9 milhões

Primeira fase de reforma na histórica vila de Santo André vai demandar quase um terço do Orçamento de Rio Grande da Serra

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
06/05/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Primeira etapa de restauração da Vila de Paranapiacaba, pertencente a Santo André, vai custar R$ 29,9 milhões, quantia equivalente a quase um terço do Orçamento de Rio Grande da Serra para 2014, estimado em R$ 76 milhões. Na semana passada, o governo Carlos Grana (PT) homologou licitação a favor do Consórcio Restauro Vila de Paranapiacaba (formado pelas empresas PSC Tecnologia e Locação Ltda e Ross Locação e Construção Ltda) para execução da obra.

A fase inicial de intervenções no local histórico envolve a recuperação de 242 imóveis da Vila Martin Smith. Outras cinco etapas estão programadas, o que vai impulsionar o investimento a R$ 41 milhões: restauro da biblioteca (R$ 89.900,54), do galpão das oficinas (R$ 2.199.608,02), do galpão das locomotivas (R$ 4.239.473,39), do campo de futebol Serrano Athletic Club, de 1903 (um dos primeiros com medidas oficiais em todo o Brasil), de uma casa na região do Hospital Velho e da sede da antiga sede da Sociedade Recreativa Lyra da Serra. A previsão de entrega das partes já em trâmite licitatório é 2016. As demais ainda aguardam liberação.

As obras estão inclusas no pacote do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Cidades Históricas. No Grande ABC, somente Santo André foi contemplada, com aporte para revitalização da Vila de Paranapiacaba.

A Prefeitura de Santo André admitiu demora no início das intervenções “devido a vários fatores”. “O atraso no início das intervenções se deve a vários fatores, entre eles a greve dos servidores do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), a necessidade de complementação de informações técnicas para formalização dos convênios e os prazos de trâmites licitatórios e contratuais necessários”, informou a administração municipal.

A gestão petista afirmou não haver relação entre o atraso nos projetos e ação civil pública que exige do Executivo andreense ações para revitalização da Vila de Paranapiacaba. “Os documentos solicitados à Prefeitura de Santo André nesta ação foram entregues à Procuradoria Federal antes da formalização dos convênios do PAC Cidades Históricas”.

A Vila de Paranapiacaba surgiu em 1860 com instalação de canteiro para trabalhadores que atuaram na construção da primeira ferrovia do Estado, que ligaria o Porto de Santos à Capital. A via foi inaugurada oficialmente em 1867. O local foi tombado em 1987 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico), no primeiro início de preservação da história do Grande ABC.




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